Professor protesta contra distribuição das aulas

Professores de diversas disciplinas compareceram ontem ao Núcleo Regional de Educação de Curitiba, pertencente à Secretaria de Estado da Educação, para protestar contra a forma como foi feita a distribuição de aulas, ocorrida no último sábado, às pessoas que participaram do Processo de Seleção Simplificado (PSS) promovido pelo governo.

O PSS é realizado anualmente e tem como objetivo a contratação temporária de professores para ministrarem aulas remanescentes, isto é, que não foram pegas por professores estatutários e celetistas. Os professores do PSS geralmente são chamados para fazer substituições de professores em licença-prêmio ou médica.

As aulas remanescentes são dadas aos professores conforme a classificação que eles obtiveram no PSS. Os professores que ontem compareceram ao núcleo, porém, reclamavam que a ordem classificatória não havia sido seguida no momento da distribuição das aulas. “Obtive classificação número 51 no processo seletivo e quando cheguei ao núcleo no sábado, por volta do meio-dia, já não havia mais vagas para mim. Muitas aulas foram distribuídas a acadêmicos e pessoas desqualificadas para assumi-las”, queixava-se o professor de História Rivair Dias de Almeida.

A professora de Matemática Adelina Binhara, que obteve classificação 460, também ficou sem aulas. Ela reclamava que não havia sido informada sobre o dia em que a distribuição das aulas seria realizada. “Na sexta-feira, entrei em contato com o setor de educação onde eu fiz a inscrição para o PSS e ninguém me informou que a distribuição das aulas seria no sábado. Devido a isso, não consegui as aulas que eu queria, que acabaram inclusive nas mãos de pessoas que obtiveram classificação menor que a minha.”

Núcleo

A diretora do Núcleo Regional de Educação de Curitiba, Sheila Marize Toledo Pereira, informou que a ordem classificatória foi seguida, mas que muitos professores não conseguiram aulas por terem chegado atrasados ao processo de distribuição, que ocorreu até as 16h de sábado. “Foram distribuídas entre duzentas e trezentas aulas e cerca de 8 mil pessoas participaram do PSS. Não houve aulas para todos”, afirmou. Sheila informou que os casos dos professores que se acham injustiçados vão ser analisados e que eles ainda podem ser chamados para ministrar aulas no decorrer do ano.

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