O Procon (Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor) vai ajuizar hoje ação civil na Vara da Fazenda Pública para tentar ampliar o prazo concedido aos usuários do transporte coletivo para o uso das fichas metálicas de vale-transporte. A Urbs (empresa que gerencia o transporte coletivo em Curitiba) anunciou na semana passada que os ônibus só vão aceitar esse tipo de vale até o dia 17 de setembro, mas muitos passageiros têm estoques para vários meses.
A dor de cabeça para os usuários do transporte começou na semana passada. Segundo o coordenador do Procon, Algaci Túlio, o prazo dado pela Urbs é insuficiente para que todos sejam usados. Ontem mesmo, o Procon recebeu diversas reclamações. Algaci comenta que uma senhora tinha em casa 850 fichas. Ela comprou o estoque para ter comodidade e garantir a passagem dos filhos que estão na escola.
Para o coordenador, a URBS no mínimo teria que dar um prazo de 90 dias para os usuários. “Se haveria mudança, a empresa teria que ter alertado o usuário para não comprar tanto”, afirma. Algaci comenta ainda que a decisão da Urbs é considerada como abusiva pelo artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor.
Segundo a presidente da URBS, Yára Eisenbach, a maioria das pessoas compra o vale para o mês e não há motivos para que alguém tenha poupança de vales em casa. Ela explica que a URBS está cumprindo prazo determinado em lei.