Estrada mal conservada

Principal acesso a Guaratuba está cheio de buracos

A Ponte de Guaratuba e o novo trecho da BR-101 no Paraná, para desviar o fluxo de caminhões entre os portos por meio de uma ligação entre as BRs 116 e 376 seguem em fase de estudos de viabilidade financeira e ambiental pelo governo estadual. Segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, duas conclusões se mostram cada vez mais evidentes, que as duas obras deverão ser realizadas em uma ação conjunta e que o custo bilionário deverá contar com a participação do governo federal e de empresas. Outra constatação apontada pela secretaria é a de destinar a ponte apenas para o tráfego de veículos leves para diminuir os custos dessa parte da obra.

Enquanto isso, os movimentos que pleiteiam a construção da Ponte Guaratuba, o Ponte de Guaratuba Já e o Ponte Travessia de Guaratuba, seguem recolhendo assinaturas para o abaixo-assinado que reforça o anseio da população pela obra. “Enquanto quem decide vir por Garuva para Guaratuba tem prejuízos com os buracos, quem opta pela balsa enfrenta problemas como a demora e a incerteza. Recentemente, estudantes da Universidade Federal do Litoral tiveram que esperar quatro horas até a reabertura do ferryboat”, aponta o coordenador do movimento Ponte Travessia de Guaratuba, Alex Fatel.

Alex Fatel/Colaboração
Motorista teve pneu furado na semana passada, numa cena recorrente.

Ele diz que essa dificuldade de acesso trava o desenvolvimento de toda a cidade, já que encarece o frete e o acesso a diversos serviços. “Guaratuba ficou de certa maneira ilhada. Existem empresas que não fazem entrega na cidade por conta disso”, explica. Fatel conta que na sexta-feira ele optou ir para Curitiba via Garuva e perdeu a roda em um buraco. “Isso compromete a economia da cidade”.

Ele afirma que a obra da ponte poderia ser realizada de maneira dissociada ao projeto do novo trecho da BR-101. “Daria para fazer a ponte pela continuação da Avenida Atlântica ou construindo a ligação entre a Avenida Ponta Grossa e a prainha”, informa. Fatel, no entanto, reconhece que talvez o pacote com as duas obras consiga ser mais eficiente na obtenção de recursos federais para a execução para dois projetos aguardados há décadas pela população. No caso da ponte, a demanda levou o Ministério Público do Paraná, através da 1ª Promotoria de Guaratuba, ajuizar uma ação civil pública exigindo do governo estadual a realização dos estudos de viabilidade. Mesmo sem a Justiça acatar a ação do MP-PR, a secretaria de infraestrutura e logística está conduzindo o estudo conjunto.

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