Crise hídrica

Primeira quinzena de abril mantém cenário de seca severa em todo o Paraná

Represa do Iraí. Foto: Lineu Filho / Tribuna do Paraná.

Os primeiros 15 dias de abril repetiu todo o cenário de crise hídrica e seca severa em todo o Paraná. Na região de Curitiba, por exemplo, choveu apenas 0,6 mm, valor considerado bem abaixo da média histórica para o mês na região, que é de 81,2 mm. Não houve chuva também em Umuarama, Ponta Grossa, Guarapuava, Maringá e Londrina. Oeste e Sudoeste já se encontram em estado de alerta para o abastecimento de água, pois a falta de chuva fez baixar a vazão dos rios da região.

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Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o rodízio no abastecimento continua em vigor há mais de um ano. No primeiro trimestre de 2021, segundo dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), as chuvas na RMC somaram 380 milímetros, abaixo da média histórica para o período, que é de 460 mm. Em 2020, o volume de precipitações do primeiro trimestre foi de 247 mm.

“Esse balanço trimestral abaixo da média mostra que ainda não conseguimos recuperar os passivos anteriores que baixaram os níveis das nossas barragens ao longo de 2020”, afirma o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.

Ele afirma que as informações meteorológicas disponíveis no momento indicam que estamos a caminho da superação da crise hídrica com o término do fenômeno La Niña ainda no primeiro semestre. Mas é preciso precaução. “Existe um déficit hídrico a ser superado, o que só vai ocorrer quando tivermos chuvas acima da média por um período regular. Isso ainda não ocorreu. Portanto, temos que manter a cautela e o uso econômico da água. Tanto o rodízio como a economia por parte da população podem assegurar níveis de reservação suficientes para os próximos meses.”