Mais caro!

Prestação do Minha Casa Minha Vida deve subir

O governo federal estuda elevar prestação da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida. A informação é do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, que disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que o governo vai revisar as condições de financiamento e do subsídio pago pelo Tesouro no programa.

O ministro não quis antecipar os detalhes de quando ocorrerá o aumento das prestações que os beneficiários têm de pagar. Entretanto, segundo informações do Ministério da Fazenda, já existem valores sendo discutidos com a construção civil. Dentre elas, a que eleva o valor mínimo das prestações da primeira faixa do programa de R$ 25 para R$ 80, para famílias com renda de até R$ 800,00, e percentuais entre 10% e 20% do ganho mensal quando este ficar entre R$ 800,01 e R$ 1.800,00.

Apesar de o reajuste ser discutido muito discretamente, o assunto já provoca reações dos movimentos sociais. Eles cobram um reajuste menor da prestação para evitar mais desgaste para a imagem da presidente Dilma Rousseff junto às camadas mais pobres da população.

O valor máximo do imóvel da faixa 1 do programa varia de R$ 54 mil a R$ 76 mil. A proposta que o governo estuda implantar estabelece que os beneficiários pagariam ao Tesouro entre R$ 9.600 e R$ 43.200 pela aquisição de uma casa. Ainda não há data definida para o anúncio das novas regras do programa, mas a intenção é divulgá-las ainda no primeiro semestre deste ano.

Enquanto o governo avalia formas de se capitalizar, os empresários da construção civil querem saber quando vão receber pelas obras já entregues. Eles cobram um cronograma para pagar essas dívidas, assim como as obras em andamento.

O problema é que o governo alega que não tem recursos para regularizar essa situação, mesmo com a reformulação das regras do programa. Barbosa disse que está avaliando formas de reduzir os restos a pagar do governo, mas advertiu que a maior dos pagamento do Minha Casa, Minha Vida neste ano vai ser para obras já contratadas. Atualmente estão em construção mais de 1,5 milhão de casas.

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