Prefeitura de Ponta Grossa descarta surto de meningite

?Precisamos esclarecer o público que não existe motivo para pânico. Não há surto e muito menos epidemia de meningite meningocócica em Ponta Grossa?. A afirmação é do diretor de Saúde Preventiva da Secretaria Municipal de Saúde da cidade dos Campos Gerais, Alberto Calvet Neto, que ontem convocou uma entrevista coletiva para falar sobre as ações que a Prefeitura está tomando para evitar mais mortes decorrentes da doença. Mesmo sem surto, dez pessoas (oito delas crianças) já morreram em decorrência da meningite em Ponta Grossa em 2006.

O diretor acrescentou ainda que, diferentemente do que foi informado na última semana pela própria Prefeitura, foram registrados 27 casos da doença nesse ano na regional de saúde de Ponta Grossa, e não 33. ?A diferença se deu porque somos referência em atendimento na região. Os outros casos foram de outros municípios?, esclarece. As fatalidades em Ponta Grossa em decorrência da doença já alcançaram o mesmo patamar de 2002 – maior registro nos últimos seis anos, quando houve 58 casos e dez óbitos. Mesmo assim, Neto diz que o número de casos é normal. ?Até agora, todos os registros que apareceram foram em pontos diferentes da cidade, não tendo relação direta um com o outro?, afirma o diretor.

Para evitar mais casos, Neto afirma que a secretaria está ?cumprindo à risca todos os protocolos e tomando todas as medidas necessárias para conter a meningite?. As principais medidas que estão sendo focadas, segundo Neto, são a orientação e barreiras medicamentosas. A Vigilância Sanitária de Ponta Grossa já enviou ofício às escolas públicas do município sobre os cuidados para evitar a meningite. O diretor afirma também que as Unidades de Saúde municipais estão instruídas para priorizar qualquer caso suspeito de meningite e enviar o paciente imediatamente aos hospitais.

A Secretaria Estadual da Saúde informou que está monitorando os casos de meningite o ano todo, porém, com o frio intenso, o trabalho está sendo intensificado, principalmente na região dos Campos Gerais. Segundo a responsável pela Divisão de Doenças Imunopreviníveis, Nilce Haida, mesmo com os cuidados adotados pela secretaria, já ocorreram 96 casos com 27 mortes no Paraná este ano.

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