Praias no Paraná já registram cinco afogamentos

Uma criança de quatro anos morreu afogada na noite de Ano-novo em Caiobá, litoral do Estado. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o menino E.B.P. iria fazer um passeio de lancha com a família para acompanhar a queima de fogos do mar, mas se desequilibrou ao entrar na embarcação e caiu entre ela e o trapiche. O acidente aconteceu por volta de 23h30 do dia 31. Desde do dia 20 de dezembro, cinco pessoas morreram afogadas nas praias paranaenses e outras 455 foram retiradas da água pelos guarda-vidas.

De acordo com o tenente Leonardo Mendes dos Santos, relações-públicas do Corpo de Bombeiros, os familiares da criança que morreu afogada ainda tentaram retirá-la da água, mas não conseguiram. Uma moto aquática com dois guarda-vidas e ainda uma ambulância e dois carros de bombeiros foram deslocados ao local. O corpo só foi encontrado pelos bombeiros por volta da 1h. Os nomes dos pais do menino não foram divulgados.

No dia 30, quando fez muito sol e calor nas praias, os guarda-vidas tiveram muito trabalho. Nesse dia foram realizados 108 salvamentos e dois jovens morreram afogados: Alecsandro Amaral Cândido, de 18 anos, se afogou na praia Perequê, em Matinhos, por volta das 15h. Ele morava no bairro Atuba, em Curitiba. Sidnei dos Santos, de 19 anos, também acabou morrendo no mesmo horário na praia de Coroados, próximo a Guaratuba. O corpo de Santos só foi encontrado pelos guarda-vidas ontem pela manhã na Barra do Saí, em Coroados. Outra vítima que teve o corpo encontrado também ontem pela manhã foi Alexandre Prado, de 24 anos. Ele estava desaparecido no mar de Guaratuba desde domingo. Ele e mais três amigos estavam se banhando, mas seus colegas conseguiram se salvar. O grupo saiu do Bairro Alto, na capital, e iria passar o réveillon no litoral.

O tenente Leonardo explicou que no dia 30 o mar estava muito agitado e havia ventos fortes, além do calor, que contribuiu para muita gente ir para a areia. ?O mar agitado puxava os banhistas para o fundo, o que aumentou o número de salvamentos?, comentou. Para se ter uma idéia, domingo, quando choveu, os guarda-vidas fizeram 61 salvamentos, contra os 108 realizados no dia 30.

Na véspera de Natal, o morador de Almirante Tamandaré (Região Metropolitana de Curitiba) Ari de Oliveira, de 53 anos, acabou falecendo após entrar no mar da Praia Brava, em Caiobá. Segundo o tenente, é possível que o homem tenha morrido por conta de uma parada cardíaca ocorrida depois que os guarda-vidas o tiraram da água. Ainda de acordo com o tenente, Oliveira também teria ingerido bebida alcoólica, o que contribuiu com o acidente.

Cães na areia e crianças perdidas dão trabalho aos bombeiros

Além do trabalho com os banhistas, os guarda-vidas que estão no litoral têm que se preocupar com outras ocorrências, como cães na areia, crianças que se perdem dos pais e queimaduras com águas-vivas.

O tenente Leonardo Mendes dos Santos conta que de dezembro até ontem 34 crianças se perderam dos pais na areia das praias paranaenses. Só no domingo, foram quatro. Todas foram encontradas rapidamente. Ele orienta os pais a colocarem pulseirinhas de identificação nos filhos para evitar preocupações.

Outro problema que está dando trabalho aos guarda-vidas são os cães na areia. De acordo com o tenente, muitas pessoas reclamam da presença desses animais na praia, já que podem transmitir doenças por meio da areia. Porém, segundo ele, nem sempre as orientações dos bombeiros são bem-vindas. ?Houve um caso em que a proprietária de um cão ameaçou processar o guarda-vida, que foi orientá-la. Tivemos até que chamar a polícia?, contou.

Com relação às queimaduras com águas-vivas, o tenente orienta que a vítima não esfregue o local com as mãos e nem passe água doce, pois quanto mais molhar, mais o animal irá queimar a pele. ?Orientamos que a pessoa procure um hospital?, disse.

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