Poucos casais buscam solução para infertilidade

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 10% dos casais do mundo sofrem com a infertilidade, mas apenas 15% procuram ajuda. De acordo com o médico Francisco Furtado Filho, especialista em Medicina Reprodutiva, poucos vão atrás de tratamento porque pensam que os procedimentos são complexos e caros. Mas ele afirma que na maioria das vezes técnicas simples resolvem o problema.

O especialista afirma que o ritmo da vida moderna tem colaborado para o aumento da infertilidade. As mulheres estão trabalhando fora, colocando a vida profissional em primeiro plano e os filhos estão ficando para depois. O problema é que o apogeu da fertilidade feminina ocorre entre os 20 e 25 anos e a partir dos 30 anos as dificuldades já começam a aparecer.

O casamento tardio é outro fator que atua contra o sonho de ser mãe ou pai. Sem estar casado o número de parceiros é maior e com isto aumenta os riscos de pegar doenças sexuais. O uso de álcool e cigarro, a poluição e o estresse também colaboram para agravar a situação.

A dificuldade para ter filhos atinge de modo igual tanto homens como mulheres. Entre os casais que não conseguem ter filhos, 35% da causas estão com elas e os outros 35% com eles. No restante dos casos o problema está com os dois.

A endometriose ataca entre 30 e 35% das mulheres. A doença faz com que o óvulo e o espermatozóide se encontrem em um ambiente inadequado para a fertilização. Já a vilã entre os homens é a varicocele, que ataca 25% deles. A doença provoca a redução do número de espermatozóides e também prejudica a sua mobilidade.

O tratamento de cada uma das patologias vai depender do seu grau de desenvolvimento. Se a pessoa não esperar muito tempo para procurar ajuda médica, procedimentos simples podem ser adotados. O especialista destaca dois deles: o monitoramento da ovulação com programação da relação sexual e a inseminação artificial intra-uterina.

Francisco salienta que existem ainda outras técnicas simples para realizar o sonho de ser mãe ou pai. “Tudo o que se precisa é tempo, uma dose de paciência, respeito e amor. Além da esperança baseada em métodos científicos e profissionais qualificados”, destaca.

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