População de Maringá quer arborização

O lançamento de um livro, em dezembro do ano passado, foi o ponto de partida para a mobilização da população de Maringá para a preservação da arborização da cidade. Sob o título À sombra dos ipês da minha terra, o jornalista Rogério Recco aborda toda a história da Cidade Canção, dando ênfase especial ao projeto de paisagismo implantado na cidade nos anos 50. O trabalho idealizado pelo engenheiro florestal Luiz Teixeira Mendes, e implementado por Aníbal Bianchini da Rocha, tornou a cidade uma das mais arborizadas do País.

Porém, no livro, Recco revela que através de um estudo do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), 46% das árvores plantadas há 50 anos estão doentes, especialmente devido à poluição, ao vandalismo e às podas. Árvores de espécies que durariam cem anos em florestas, na vida urbana vivem a metade disso. "O estudo serve de alerta para que procuremos solução para que a área arborizada continue a mesma", diz o jornalista.

Ao todo, a cidade possuí cerca de 100 mil exemplares de diferentes espécies. A mais abundante é a sibibiruna, que corresponde a 50% das árvores plantadas na cidade. Em seguida vêm os ipês – que dão título ao livro – e a tipuana. Nesta época do ano, os ipês com suas flores arroxeadas e amarelas dão o colorido, mas o planejamento de paisagismo prevê flores para todo o ano. "A preocupação com a arborização foi tanta que em todas as épocas do ano temos flores. Não podemos deixar que isso acabe."

Além da extensão educacional, a obra despertou a consciência de grande parte da população, que está discutindo a criação do Instituto da Árvore de Maringá. "Queremos que ele seja implantado até outubro. Para tanto, empresas privadas estão mobilizadas para contribuir." O objetivo do instituto, que também terá o apoio do prefeito Sílvio Barros, será traçar um plano que possibilite a plantação de novas árvores. 

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