Polêmica sobre aquisição de ônibus pela Infraero

Amanhã será aberto o pregão eletrônico para aquisição de 121 novos ônibus para transporte de passageiros nos pátios de diversos aeroportos do País. Destes, quatro estão previstos para o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

No entanto, o método está sendo criticado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), para quem os ônibus utilizados pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) causam grande poluição atmosférica.

A sugestão da ABVE, apresentada à Infraero no mês passado, era que a estatal seguisse o modelo implantado em países da Europa e nos Estados Unidos, substituindo os veículos de transporte de passageiros por veículos elétricos. A opção economizaria cerca de 60% nos gastos com combustível, apesar do acréscimo de 40% a 60% na hora da compra.

“O custo inicial é porque a tecnologia ainda não está tão difundida, mas compensa na redução de combustível. Ganha-se no conjunto e é uma conta que gostaríamos de ver a Infraero fazendo, inclusive no planejamento a longo prazo para outros equipamentos de apoio”, afirma o presidente da ABVE, Antônio Nunes Júnior.

Segundo o presidente da ABVE, a implantação de veículos elétricos é tecnologicamente viável, com empresas produtoras em solo nacional. “Os terrenos em aeroportos são planos o suficiente para o uso de um ônibus elétrico, que tem emissão zero de poluentes, é mais silencioso e mais confortável na hora de andar ou de fazer uma parada”, aponta.

Fora da polêmica com esse novo pregão eletrônico, a Infraero está realizando testes em Guarulhos para utilizar um ônibus elétrico-híbrido a biodiesel, também pensado para fazer o transporte de passageiros. Os testes iniciais devem seguir pelo menos até dezembro.

Pela iniciativa, a parte mecânica do veículo tem motor a diesel, que vai funcionar a biodiesel, acoplado a um gerador. Esse gerador, com motor elétrico, faz o carregamento constante das baterias.