Plebiscito sobre investimento em educação será lançado hoje

Movimentos ligados à educação no Paraná lançam nesta quinta-feira (10) o plebiscito sobre o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no setor.

O evento será às 18h30, no Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba. A população poderá responder, até o dia 06 de dezembro, em todo o País, se concorda ou não com esta quantidade de recursos.

Em Curitiba, as urnas serão colocadas nas escolas públicas e levadas em eventos. Também haverá sessões de votação nos finais de semana na Boca Maldita, no centro.

O investimento está sendo discutido no Plano Nacional da Educação, em trâmite no Congresso Nacional. De acordo com Luis Alan Künzle, presidente da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR) – uma das entidades que apoia o plebiscito -, atualmente os repasses para a educação pública chega a cerca de 5% do PIB.

A proposta do próprio governo seria subir para 7%. “Já se nota que do lado governamental há vergonha sobre os 7%. Mas ainda não se sensibilizaram para os 10%”, comenta.

As entidades ligadas à educação acreditam que os 10% do PIB sejam suficientes para incrementar a infraestrutura e a qualidade de ensino, além de melhorar a remuneração dos professores.

Os recursos seriam necessários para acabar com uma enorme defasagem nestas áreas. “Queremos, com o plebiscito, ampliar e levar este debate até a população”, afirma Künzle.

O presidente da APUFPR cita o exemplo da Coréia do Sul para a importância do investimento na educação. De acordo com ele, o PIB da Coréia do Sul era a metade do PIB brasileiro há 25 anos. Houve um grande aporte de recursos para a educação no país asiático.

“Vinte e cinco anos depois, o PIB deles é o dobro do nosso. Nós temos a previsão de que em 2014 não haverá professores suficientes de Química, Física e Matemática. Ninguém quer mais fazer licenciatura nestas áreas. Quem faz vestibular hoje não quer ser professor. A única maneira de reverter isto é fazer com que a profissão seja valorizada socialmente e tenha um salário digno”, analisa.

 

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