Plantas medicinais: metade está no Brasil

Cerca de 50% das plantas de uso medicinal existentes no mundo podem ser encontradas no Brasil. Quem garante é o fitoterapeuta Antônio Luís de Bortoli, que neste fim de semana, junto com outros profissionais da área, ministra um curso sobre medicamentos fitoterápicos, voltado a profissionais da saúde, na clínica de terapias naturais A Pirâmide, em Curitiba. “No País, o interesse da população pela fitoterapia aumenta a cada ano que passa”, afirma.

Segundo Antônio, os produtos fitoterápicos podem ser utilizados sozinhos ou em paralelo a medicamentos convencionais. “Muitas vezes, o uso de fitoterápicos associado ao uso de medicamentos convencionais pode ajudar no tratamento de determinadas doenças. Outras vezes, pode atrapalhar, cortando o efeito do remédio convencional”, admite.

No Brasil, um dos grandes erros é utilizar fitoterápicos sob orientação de amigos e vizinhos, sem conhecimentos reais dos efeitos das plantas e sem orientação de um profissional competente. “Muita gente decide utilizar os fitoterápicos achando que se o produto não fizer bem também não vai fazer mal. Isto é um grande erro”, adverte Antônio.

Para que uma planta possa ser utilizada como fitoterápico deve ser cultivada de forma especial, sem agrotóxico e no tempo certo para que haja princípio ativo suficiente. Assim, não é qualquer planta de jardim que tem o efeito desejado. Antes de se utilizar uma planta com objetivos medicinais, deve-se ter total conhecimento sobre ela, desde a forma como foi cultivada até possíveis efeitos colaterais.

No Brasil, a produção de fitoterápicos já é regulamentada. Porém, a profissão do fitoterapeuta ainda não é reconhecida. Aqui, ao contrário do que acontece nos EUA, na Inglaterra e em outros países, ainda não existem universidades especializadas no assunto.

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