Pimentel ganha destaque em jornal

O empresário Paulo Pimentel foi entrevistado ontem pelos jornalistas Daniel Beda Song e Eloize Pinto Oliveira, do jornal Ace Press Brasil, destinado à colônia sul-coreana no Brasil. Pimentel será personagem de destaque na próxima edição do jornal, uma vez que ele é o único brasileiro gratificado com a Comenda da Ordem do Mérito Civil, concedida pelo governo sul-coreano. Poucas pessoas no mundo receberam essa medalha, entre elas Pimentel e o ex-presidente norte-americano Harry Truman.

A comenda foi entregue em 1968, quando Pimentel era governador do Paraná e Chung Hee Park era presidente da Coréia do Sul. Nessa época, o embaixador da Coréia veio visitar o Paraná e o governo do Estado preparou um passeio a Foz do Iguaçu, para o embaixador e sua família. No entanto, o representante da Coréia no País sofreu um ataque cardíaco durante o passeio e morreu. Pimentel como governador providenciou para que o corpo dele fosse embalsamado e levado, juntamente com os familiares, para o Rio de Janeiro, onde ficava a sede da embaixada coreana.

?Recebi a comenda como uma forma de gratidão do governo coreano pela atenção dada ao embaixador e sua família, numa situação tão difícil?, contou Pimentel aos jornalistas. A medalha foi entregue em 17 de março de 1968 pelo novo embaixador da Coréia no Brasil, juntamente com um certificado assinado pelo presidente Park. Pimentel disse ainda que fica envaidecido de ser o único brasileiro a possuir tal medalha e bastante grato ao governo sul-coreano pela atenção e importância que lhe foi dada.

A reportagem que será veiculada no mês que vem ainda vai contar um pouco mais sobre o apoio dado por Pimentel para a instalação dos primeiros imigrante sul-coreanos que vieram ao Paraná, a partir de 1966, e se instalaram em Ponta Grossa. Tratou-se de uma imigração técnica, formada por pessoas com qualificação e conhecimento técnico, principalmente na área da agricultura. Juntamente com o bispo de Ponta Grossa na época, dom Geraldo Pelanda, Pimentel foi um dos principais incentivadores e facilitou como pôde o estabelecimento dos coreanos no Paraná. Hoje, o Estado tem uma colônia com cerca de 550 coreanos e seus descendentes.

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