Pesquisa tenta detalhar movimento na BR-476

Cerca de 10% dos motoristas que passaram ontem pela BR-476 no percurso compreendido entre a Fagundes Varela e a Marechal Floriano Peixoto, em Curitiba, foram parados por funcionários do Instituto Bonilha. Os pesquisadores coletaram dados sobre o movimento da rodovia e quais eram os pontos de partida e de chegada dos entrevistados. Essas informações serão utilizadas no projeto que o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) está desenvolvendo, para a implantação do chamado Eixo Metropolitano de Transportes na BR-476, entre os bairros do Atuba (zona norte) e Pinheirinho (zona sul).

Hoje é a vez dos motoristas da zona sul darem a sua contribuição nesse levantamento. Assim como ontem, os entrevistadores farão o trabalho das 6h às 19h. Segundo o diretor de implantação do Ippuc, Edson Seidel, que está acompanhando a pesquisa, essa coleta de dados não está causando grandes transtornos ao tráfego. “Só nos horários de pico há um pouco de tumulto”, afirma.

Nesta noite, também será promovido, no Pinheirinho, pelo Ippuc uma consulta popular sobre o projeto. “Queremos ouvir a opinião e as sugestões dos moradores da região, para a implantação do eixo”, diz Seidel, informando que os moradores da região também serão ouvidos futuramente.

A previsão é de que até segunda-feira o resultado de todo esse levantamento esteja pronto, visto que na terça-feira chegam a Curitiba técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para avaliar o projeto. “Durante três dias, essa missão do BID ficará na cidade realizando análises sob a viabilidade dessa obra”, adianta Seidel, dizendo que a proposta da criação do eixo metropolitano já conta com uma pré-aprovação do BID.

O Ippuc estima que serão necessários investimentos da ordem de US$ 67 milhões para a obra – US$ 55 milhões para a infra-estrutura e US$ 12 milhões para a aquisição dos ônibus biarticulados. “Na parte de infra-estrutura estão previstos gastos como melhorias na iluminação pública, construção de um parque; além da criação de uma terceira pista e de uma canaleta central”, cita o diretor de implantação do Ippuc.

Fim da rodovia

A implantação do eixo metropolitano tem por princípio fazer da BR-476 uma avenida da cidade. Seidel explica que a intenção é acabar com o conceito de rodovia e integrar definitivamente esse trecho no mapa viário de Curitiba.

Desde o fim do ano passado, a Prefeitura de Curitiba prevê mudanças para a região. Com a conclusão do Contorno Leste, o trecho deixou de fazer parte da BR-116 e foi incorporado pela BR-476.

De acordo com Seidel, tão logo o projeto fique pronto e receba a aprovação do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Denit) e do BID, as obras serão iniciadas. A expectativa é de que elas comecem ainda em 2003 e sejam concluídas em dois anos.

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