O Pequeno Cotolengo do Paraná – instituição que atende 240 crianças, adolescentes e adultos carentes em Curitiba – inaugura hoje sua sétima casa lar. A residência, que será habitada por seis moradoras, sendo três usuárias de cadeiras de rodas, vem sendo chamada de casa ecossocial, pois foi construída com materiais considerados ecologicamente corretos.
?A construção, realizada em um período de cinco meses e medindo 175 metros quadrados, tem vários sistemas de baixo impacto ambiental. Ela é toda de tijolo solo-cimento, que não é queimado, necessita de menos utilização de argamassa e gera menor quantidade de lixo?, exemplifica a arquiteta e urbanista responsável pela obra, Julyane Paes.
As telhas utilizadas no banheiro da residência são de material plástico feito com resíduos de fabricação de tubos de pasta de dente, proporcionando isolamento térmico e maior resistência. Toda a madeira utilizada foi certificada pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis).
?Os móveis, adaptados a usuários cadeirantes, foram feitos com madeira maciça reaproveitada da fabricação de escadas. A casa também tem aquecimento solar para água do chuveiro, o que gera economia de energia elétrica, e sistema de captação de água de chuva, que no futuro será utilizada no vaso sanitário e para limpeza externa.?
Com os móveis, o metro quadrado da casa custou R$ 715,00. Os recursos foram doados por empresas voluntárias. Segundo a arquiteta, uma residência não ecológica de médio padrão, sem mobiliário, custa cerca de R$ 970,00 o metro quadrado. Já uma de alto padrão custa, em média, R$ 1.300,00.