Parque é fechado a visitação em Maringá

A prefeitura de Maringá, noroeste do Estado, anunciou ontem o fechamento por tempo indeterminado do Parque do Ingá, um dos principais parques de mata nativa do Paraná.

A medida, de caráter preventivo, foi tomada depois que sete saguis e um macaco-prego foram achados mortos em meio à mata. A primeira suspeita é de que os animais tenham sido infectados pelo bacilo da febre amarela.

De acordo com a prefeitura, as mortes vinham acontecendo desde o dia 8. Técnicos colheram amostras para exame, que foram encaminhados ao Instituto Adolpho Lutz, em São Paulo. Os resultados, que apontarão a causa da morte dos macacos, devem sair em até 20 dias. Até lá, o Parque do Ingá deve permanecer com as portas fechadas.

A médica-chefe do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cieves), da Secretaria de Estado da Saúde, Angela Maron, tranquiliza a população.

“Pode ser febre amarela ou outra zoonose transmitida do animal para o homem, mas não existe motivo para alarde”, garante. Ela informa que, além do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e da febre amarela, o local abriga outras espécies transmissoras de doenças.

A prefeitura ressalta ainda que não há necessidade de a população procurar imediatamente a vacina nas unidades de saúde, pois a maior parte dos moradores (95% da população) já está imunizada contra a doença.

A Secretaria de Saúde da cidade informa que as pessoas que utilizam a pista de caminhada em torno do parque e os moradores da região não devem se preocupar, já que não existe confirmação da doença ou risco imediato de transmissão.

O último caso confirmado de febre amarela na região ocorreu em janeiro do ano passado. A infecção, porém, provinha de outra localidade. O Parque do Ingá é visitado, em média, por 3 mil pessoas por dia nos finais de semana.