O Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, fechado desde janeiro para obras de revitalização, será reaberto à visitação pública até 15 de novembro próximo. O anúncio foi feito ontem, pelo secretário do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto, durante visita à Unidade de Conservação. Acompanharam o secretário técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), da Eco Paraná e jornalistas da região.
Segundo Andreguetto, o governo está finalizando o edital de concessão dos serviços de uso público dentro do parque. Serão terceirizados os serviços de portaria, lanchonete, segurança e transporte interno. “Será o primeiro parque do Brasil a adotar a concessão de serviços”, afirmou. Ele anunciou também que o valor dos ingressos para visitantes está em estudo, mas adiantou que moradores de Ponta Grossa e entorno do parque terão desconto de 30%.
O desconto de 30% nos ingressos também vai valer para crianças de 6 a 12 anos. Menores de 6 anos e visitantes acima dos 60 anos serão isentos da taxa. “Depois de amargar anos de degradação ocasionada pelo mau uso, o Parque de Vila Velha será entregue à população paranaense em condições de se tornar um âncora turística para a região, sem degradar o patrimônio ambiental e geológico”, acrescentou Andreguetto.
O governo do Estado investiu mais de R$ 5 milhões na revitalização do Parque de Vila Velha. Além do investimento, a área da unidade foi ampliada em 800 hectares, por decreto do governador Jaime Lerner. Com as obras, a beleza cênica do parque foi valorizada com a retirada das lanchonetes, que estavam irregularmente encravadas nos arenitos, depredando o patrimônio geológico.
Trilhas
“Achava que iria morrer antes de ver Vila Velha livre desse crime”, comentou o ambientalista José Álvaro Carneiro, da organização não-governamental Liga Ambiental, referindo-se à retirada das lanchonetes. As trilhas da área dos arenitos foram recuperadas e pavimentadas com quartzito, material que não agride a paisagem do parque. “Alguns pontos foram isolados para evitar o contato dos visitantes com as rochas”, explicou a arquiteta responsável pelas obras, Michelle Poitevin. O acesso às atrações turística será feito pela entrada principal, não sendo mais permitida a circulação de veículos dentro da unidade. O fluxo de carros e pessoas será controlado por um sistema interno de transporte. As visitas serão acompanhadas por guias treinados.