China

Paranaense vítima de agressões na China retornará ao Brasil

O drama da paranaense Santina Pelentir, de 37 anos, que sofria agressões do marido, na China, está perto do fim. O Ministério das Relações Exteriores confirmou que ela deve embarcar de volta para o Brasil em no máximo dois dias, acompanhada da filha mais nova, de sete anos. Agora, a família tenta conseguir a passagem aérea de São Paulo para Foz do Iguaçu para, enfim, receber Santina.

De acordo com o tio da paranaense, Cirino Madeira, o pesadelo da família começou em 2001, quando Santina deixou Foz para viver em Taiwan com o chinês Lu Shih Lun e o casal de filhos. “De uns dois anos para cá, ela começou a ser agredida quase todo dia”, afirma Madeira.

Cansada da situação, Santina se divorciou há seis meses. Desde então ela perdeu a guarda do primeiro filho, de nove anos, a casa onde morava e teve a saúde debilitada.

De acordo com a legislação chinesa, em caso de desquite, o imóvel do casal passa para a mão do homem, assim como a guarda do filho – no caso da brasileira, o marido ficou com o filho mais velho, já que na China a legislação permite que cada casal tenha apenas um filho.

De acordo com a mãe da iguaçuense, Ana Pelentir Madeira, a filha desenvolveu gastrite nervosa e foi hospitalizada por causa de uma infecção na bexiga. “Está sendo muito difícil para ela ter que deixar um filho para trás. Por isso ela adoeceu”, conta.

Por conta dos problemas de saúde, Ana conta que a filha não consegue trabalhar há duas semanas. Em território chinês, a brasileira trabalhava como faxineira. Diante da situação vivida por Santina, a família da paranaense entrou em contato com a Secretaria Municipal de Assuntos Internacionais de Foz do Iguaçu para pedir ajuda. A história de Santina sensibilizou o secretário Sérgio Lobato da Mota Machado, que levou o caso ao conhecimento do Itamaraty.

“Ela só conseguiu a separação porque os vizinhos denunciaram os maus-tratos às autoridades daquele país”, afirma Machado. Segundo o secretário, as passagens de retorno ao Brasil foram garantidas pelo próprio Ministério das Relações Exteriores.

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