A assistência farmacêutica promovida pelo Estado, em especial àquelas que têm origem em demandas judiciais, foi discutida por uma comissão especial de Governo, formada pelos secretários Gilberto Martin (Saúde), Nizan Pereira (Assuntos Estratégicos), Maria Marta Lunardon (Administração e Previdência) e Jozélia Nogueira Broliani, procuradora-geral do Estado.
Segundo o assessor da Casa Civil, André Pegorer, coordenador da Comissão, o objetivo é que todas as demandas do setor possam ser analisadas sob seus vários aspectos, visando o uso racional dos medicamentos distribuídos pelo Estado.
IMPACTO – Para o presidente da Celepar e secretário de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, as soluções que estão sendo desenvolvidas terão um grande impacto nas atividades do Cemepar, em especial no processo de distribuição de medicamentos às suas unidades.
Para controle dos processos judiciais, a Celepar aguarda a cessão de um software utilizado pela Secretaria de Saúde de São Paulo que, por se tratar de um programa de código aberto, poderá ser adaptado às necessidades específicas do órgão.
Para a procuradora Jozélia Nogueira, esse sistema é fundamental para a atuação do Estado frente às demandas judiciais, cujos processos já chegam a 1.200 casos no Paraná.
Conforme informou a diretora do Cemepar, Deysi Pontarolli, esse sistema é fundamental para a análise dos dados referentes aos processos judiciais para posterior tomada de decisões, como número de pacientes atendidos, patalogias de maior ocorrência, medicamentos com maior número de prescrições e custo do tratamento.
Segundo o secretário Gilberto Martin, os investimentos na compra de medicamentos vêm crescendo ano após ano. A previsão é de que em 2007 os gastos do Cemepar, centro que controla a compra e distribuição de medicamentos, chegue a R$ 207 milhões, 15% a mais que em 2006.
No total, o Estado distribui cerca de 490 medicamentos em oito programas: assistência básica, medicamentos estratégicos (doenças endêmicas e diabetes), saúde mental, medicamentos excepcionais, tratamento da Aids, remédios imunobiológicos, doenças especiais e aqueles que atendem às demandas judiciais, que neste ano somam R$ 16 milhões.
O projeto-piloto do novo sistema farmacêutico (Sisfarm) será implantado nesta quarta-feira (13), no Hospital Regional de São Sebastião da Lapa. A previsão é que em janeiro as demais unidades de saúde do Estado também recebam o sistema.
Segundo a analista da Celepar Elaine Mara Kawa, nesta primeira etapa o sistema permitirá o controle de estoque dos medicamentos, expedição de relatórios e mapas de movimentação de medicamentos.
Dentre as soluções que estão sendo desenvolvidas pela Celepar para o setor de saúde, destacam-se os sistemas de gestão hospitalar, o de medicamentos excepcionais e o de controle do banco de preços de medicamentos, este em conjunto com o Ministério da Saúde.