Até o início deste mês, o Paraná havia registrado 737 pessoas com dengue. Situação bem diferente da enfrentada ano passado. Nesse mesmo período, em 2007, já somava-se 24.566 casos confirmados da doença.
Mesmo assim, o governo federal não quer voltar a enfrentar a epidemia de 2007, quando sete pessoas morreram no Estado, e está enviando R$ 2,6 milhões para reforçar o trabalho de combate à doença no Paraná. Em Maringá, no noroeste, também será usado um teste (o NS1) que permite o diagnóstico da doença em 15 minutos.
O Paraná recebeu este ano R$ 13,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde para o trabalho de enfrentamento da dengue. Agora, o montante sobe para R$ 15,7 milhões. Mas o reforço não será destinado a todas as cidades.
Se restringe a 38 municípios escolhidos pelo Ministério da Saúde (MS) no norte, noroeste e oeste do Estado, devido à grande quantidade de pessoas doentes em 2007. Apenas Paranaguá é da região leste.
O governo federal também está testando três novas estratégias de combate à dengue em onze municípios brasileiros, entre eles Maringá. O técnico do Programa de Combate à Dengue da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), Ronaldo Trevisan, explica que, com uso do teste NS1, o diagnóstico será mais rápido, melhorando o acompanhamento aos pacientes e diminuindo o risco de complicações que podem levar à morte.
Além disso, serão utilizadas armadilhas para o mosquito adulto, permitindo a identificação de locais de infestação e a rápida resposta ao surto. A terceira estratégia é o Net Dengue: a tecnologia permite à população informar pela internet casos de dengue na região, ajudando a monitorar a doença.
Trevisan diz que a diminuição dos casos da doença este ano no Paraná se deve a vários fatores, entre eles a conscientização da população. Mesmo assim, a ordem é manter-se vigilante, já que 259 cidades paranaenses apresentam infestação do mosquito e o problema pode se agravar. Além disso, o inseto está se aclimatando e já é encontrado em regiões mais frias do Estado.