Paraná lidera campanha das embalagens de agrotóxico

O Paraná é o estado que mais recolheu embalagens vazias de agrotóxicos nos últimos meses. Até o mês de julho, ele foi responsável pelo recolhimento de 2.130 toneladas. Isso representa cerca de 52% de todas as embalagens utilizadas no Paraná. A meta do Estado é chegar a 80% até o final do ano.

De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, esses resultados representam o trabalho integrado de toda a cadeia, que envolve os produtores, as revendas e os fabricantes. Hoje, no Paraná, existem quinze unidades de recebimento de embalagens. Esses locais, acrescenta Cheida, são credenciados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para que funcionem de acordo com as condições ambientais e de segurança. “O recolhimento das embalagens faz parte do Programa Desperdício Zero. A redução desses materiais na natureza ajudam a melhorar a saúde ambiental do Estado”, comentou.

A gestão do destino final das embalagens de agrotóxicos é feita pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev). De acordo com o diretor-presidente da entidade, João César Rando, a conscientização dos agricultores quanto à importância ambiental do sistema de devolução de embalagens está crescendo no País. Segundo ele, nos últimos doze meses foram recolhidas mais de 13 mil toneladas de embalagens. Isso representa um aumento de 135%, comparado com o mesmo período do ano passado. Os estados que lideram o ranking de recolhimento são Paraná, Mato Grosso e São Paulo, que juntos concentram mais de 55% do total recolhido no País.

Mobilização

Para Rando, o sucesso obtido no sistema é resultado da mobilização de todo o elo da cadeia produtiva agrícola, com um importante envolvimento de governos e prefeituras. O diretor-presidente do Inpev explicou que as embalagens lavadas estão sendo recicladas e transformadas em produtos para utilização, por exemplo, na construção civil. Já as embalagens não lavadas são incineradas pelas indústrias. Todo esse processo, além do benefício ambiental, tem gerado um benefício econômico e social. De acordo com Rando, nos dois últimos anos, a cadeia gerou mais de dois mil empregos diretos.

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