Paraná em alerta contra o sarampo

A contaminação do surfista Fábio Gouveia, que reside em Florianópolis, e mais quatro pessoas com o vírus do sarampo, doença infecciosa que atinge o sistema respiratório, fez o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) lançarem um alerta para as pessoas que viajam ao exterior, especialmente à Europa, África e Ásia, onde há focos da doença.

Gouveia contraiu a doença nas Ilhas Maldivas, onde participou de um evento de surfe. Ele passou o vírus, transmitido por via respiratória, ao filho Ian e a um passageiro do vôo em que estava, no dia 17 de julho. Ontem, o Ministério da Saúde confirmou que duas crianças residentes em São Paulo também contraíram a doença. Antes desse, o último caso registrado nas Américas foi em 2003, com vírus proveniente dos Estados Unidos.

Em Curitiba, o último caso registrado foi em 1999. Porém, mesmo com a erradicação da doença, a Sesa continua imunizando as crianças, que podem tomar a vacina a partir de um ano de idade. ?Em 1984 houve um incremento na campanha de vacinação e desde então, ela é acessível a todas as crianças?, diz o farmacêutico sanitarista Luiz Armando Erthal, da Sesa. Justamente pela referência da data da campanha, ele acredita que pessoas com mais de trinta anos são as mais suscetíveis à contração viral, já que quando eram crianças muitas não foram vacinadas.

Cuidados

Com os cinco casos registrados, a Sesa pede às pessoas que vão viajar ao exterior para se certificarem de que tomaram a vacina contra o sarampo quando crianças. Em caso negativo, o ideal é que passem pela imunização antes do embarque.

Para aqueles que passaram as férias de julho no exterior e não foram imunizados, o ideal é que atentem para os sintomas da doença: mal-estar, febre alta, coriza, tosse e fotofobia – incômodo ocular em lugares iluminados. ?As pintas vermelhas começam a aparecer um pouco depois. Em caso de manifestação dos sintomas, a pessoa deve procurar imediatamente um médico?, diz Erthal.

Se não tratado com eficiência, o sarampo pode causar complicações como otite, pneumonia e encefalite. O período entre a infecção e incubação da doença é de aproximadamente dez dias.

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