Sem diagnóstico

Paraná ainda não mapeou áreas de risco

Os problemas com alagamentos têm sido motivo de grande preocupação das autoridades nos últimos dias, principalmente em função da tragédia no Rio de Janeiro, onde já morreram mais de 700 pessoas.

E por incrível que pareça, o Paraná não tem um diagnóstico de suas áreas de risco. Desde o ano passado, o Estado está fazendo um levantamento das ocupações irregulares, casas em beiras de rio, encostas, entre outras, para poder desenvolver ações preventivas nestes locais.

O diagnóstico está sendo elaborado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), em conjunto com a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar).

O presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, disse que não há uma estimativa da quantidade de áreas de risco no Estado, e que esse número será apontado mesmo por esse levantamento, que será denominado de Plano Estadual de Habitação de Interesse Social.

“Estamos na fase de finalização do diagnóstico. Depois disso poderemos fazer um planejamento de intervenção e, em paralelo, seminários com as comunidades para sabermos as verdadeiras necessidades”, explicou.

A ideia, segundo Chaowiche, é fortalecer as parcerias com os municípios para que as pessoas que mais precisem não sofram as consequências do crescimento desordenado das cidades.

“Nossa prioridade é atuar nas famílias de baixa renda”, disse. Segundo ele, a Cohapar já vem desenvolvendo projetos em alguns municípios como Colombo e Pinhais, mas isso não é suficiente. “Curitiba não teve problemas maiores com as enchentes porque a administração anterior tirou muitas pessoas das áreas de risco. Mas vemos que o Estado vinha aplicando poucos recursos nisso”, observou.

Outra ideia é melhorar a integração entre as secretarias (e Defesas Civis) para que as ações sejam feitas em conjunto. Chaowiche não sabe quanto tempo levará para que as ações sejam colocadas em prática. “Nas áreas onde já temos terrenos será mais fácil, mas nas outras será um pouco mais lento”, comentou.

Mapas

Nesta semana, a Mineropar anunciou que tem condições de subsidiar a construção de mapas de risco de desastres naturais no Paraná, pois possui os mapas geológico e geomorfológico do Paraná, com informações sobre relevos e fragilidades ambientais.

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