Paraguaios e argentinos no Carnaval de Foz do Iguaçu

Cerca de 30 mil pessoas acompanharam, no domingo à noite, o segundo dia dos desfiles das escolas de samba de Foz do Iguaçu. A novidade no Carnaval "Alegria Sem Fronteiras", além do novo espaço, na Avenida Venezuela, foi o desfile de agremiações do Paraguai e Argentina. Eles fizeram uma apresentação especial, realizando um sonho de participar da maior festa popular do Brasil.

Os argentinos trocaram o tango pelo samba e, mesmo misturando marcha com olodum, conseguiram levantar o público. O grupo, formado por 85 pessoas, é de Porto Iguaçu, cidade vizinha a Foz do Iguaçu, onde o Carnaval começou a ser festejado há 7 anos. "Estou realizando um sonho", dizia, quase chorando, a passista Janaina Soledad, enquanto acenava para a multidão. Essa foi a primeira vez que a moça deixou a Argentina para participar de um grande evento. "É muito melhor do que eu esperava", completou Melissa Ascone, que também puxava o grupo como passista. Ela e a amiga são dançarinas profissionais na Argentina, mas sempre tiveram vontade de sentir a emoção do desfile em uma avenida cheia de espectadores. "Nunca vou esquecer este momento", declarou, enquanto terminava o desfile com bolhas nos pés.

A emoção dos argentinos foi a mesma dos paraguaios. Com um grupo maior, cerca de 200 pessoas, os hermanos fizeram questão de mostrar que adoram o Brasil e principalmente Foz do Iguaçu, onde a hospitalidade está sempre presente.

Carismáticos promovem Gabaon

Durante três dias, os católicos carismáticos participaram do Gabaon 2005, o Carnaval promovido pela Renovação Carismática Católica (RCC) de Curitiba. O evento reuniu fiéis que preferiram passar esse período em busca de momentos de reflexão. A festa terminou ontem, no ginásio da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

A coordenadora do RCC, Vera Lúcia da Silva Ximenes, explica que os participantes tiveram momentos de animação e assistiram missas e outras celebrações religiosas. No encerramento do Gabaon, o arcebispo de Curitiba, dom Moacir Vitti, rezou uma missa para os carismáticos. "Apresentamos uma nova proposta de vivenciar o Carnaval, de forma sadia e sem bebidas alcóolicas ou drogas. Todos extravasam, mas com músicas e letras que também levam a evangelização. Isso preenche o vazio interior. Os participantes têm diversão e, ao mesmo tempo, preenchem esse espaço", conta. Vera não sabia informar o número de pessoas que foram até o ginásio, mas ressaltou que o local ficou lotado no último domingo.

A professora de inglês Malu Ferreira da Costa ficou sabendo do evento por uma amiga e ontem resolveu ir até o Gabaon. "A gente aproveita e faz um período de reflexão durante esses dias de folga. Achei bem bacana", comenta. Já a vendedora Rosemery Zilotti, de São José dos Pinhais, participa há seis anos do Gabaon. "Foi tudo muito bonito e aproveitei ao máximo. Participei das orações e também do baile realizado no domingo", afirma. Rosemery levou a família e um grupo de amigos para o ginásio da PUC.

O desempregado Edemilson Alves da Silva foi nos três dias de celebração. Ele diz que Jesus deu um novo sentido em sua vida e, por isso, participou dos três dias de evento. "Às vezes, cansa um pouco fisicamente, mas vale a pena. Hoje em dia, os jovens vivem em busca de um referencial. Nenhum nome teve tanto poder quanto Jesus, uma referência para mim e para todo mundo. Os jovens deveriam aproveitar isso", opina. Edemilson fez esse esforço junto com a mãe e a irmã. (Joyce Carvalho)

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