Padre de Paranaguá continua desaparecido

Até o começo da noite de ontem, as equipes de buscas ainda não tinham notícias do padre Adelir Antonio de Carli, 41 anos.

Com a intenção de bater um recorde e chamar atenção para as condições dos caminhoneiros brasileiros, o padre se amarrou a mil bexigas de festas cheias de gás hélio e pretendia ficar 20 horas voando. Ele partiu por volta das 13h de domingo. No entanto, o vento mudou a rota prevista e, quando estava próximo a São Francisco do Sul (litoral de Santa Catarina), fez um contato por celular pedindo ajuda. Essa foi a última notícia que se teve de Carli.

O padre preside a Pastoral Rodoviária, de Paranaguá. O vôo era para dar visibilidade à causa da instituição. E se as 20 horas dessem certo, Carli bateria o recorde de um esportista norte-americano. A coordenadora da Pastoral, Denise Gallas, informou que o padre não desistiu por causa do tempo ruim de domingo porque achava que passando as nuvens não teria mais chuva. ?Ele tinha os cálculos meteorológicos e sabia as direções que iria, dependendo do vento. Sabia da possibilidade de ir para o mar?, contou. Carli já tinha feito dois vôos no interior do Estado como teste.

Em seu último contato, por volta das 19h, Carli disse que precisava entrar em contato com a equipe de apoio porque queria saber como operar o GPS e assim dar as coordenadas de latitude e longitude de onde estava. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Marinha ficaram até o início da noite no litoral catarinense, realizando buscas. Alguns balões foram encontrados na região de Barra do Sul. O padre usava uma cadeirinha que pode flutuar e roupas térmicas. Por isso, o Corpo de Bombeiros acredita que há possibilidade real de encontrá-lo com vida.

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