ONG garante cursinho a alunos carentes

As pessoas sem condições de pagar um cursinho pré-vestibular têm a opção de estudar pagando um valor simbólico de R$ 10. Pelo terceiro ano seguido, professores voluntários da Organização Não Governamental (ONG) Força Solidária vai ajudar cem pessoas a ingressar na universidade. O número de vagas é 60% maior do que em 2003. Os alunos são selecionados de acordo com vários critérios, principalmente o da renda. Os nomes dos escolhidos, entre 700 pessoas, deverão ser divulgados ainda nesta semana. Cada um precisa custear o transporte até o Colégio Bagozzi, onde acontecerão as aulas. O material didático foi doado pelo Colégio Expoente.

No ano passado, dos sessenta alunos que participaram do cursinho, dois passaram no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e outros seis em faculdades particulares. Amanda Ammar Ruocco foi uma das estudantes que conseguiu uma vaga em Ciências Econômicas na universidade pública. “Se não tivesse esse curso com preço acessível, não teria tentado”, afirma. O mesmo aconteceu com Taiane Camillo, que passou em Ciências Contábeis. “Como não estava trabalhando, não poderia pagar por um cursinho”, explica. Já a estudante Ísis Gabriela Pamplona tentou passar em Medicina da UFPR e não obteve sucesso. “A minha ficha já está na seleção. Tomara que dê certo novamente”, torce.

Depois de ingressar em uma instituição de ensino superior, a maioria dos alunos não consegue concluir o curso porque não pode arcar com os custos com material e transporte, no caso das instituições gratuitas. Nas particulares, a ONG tenta negociar para a obtenção de bolsas de estudo. Quando isso não acontece, os calouros desistem da faculdade. Assim, a ONG lança neste ano dois projetos novos. O primeiro pretende diminuir a evasão e ajudar na conclusão do curso superior. O outro vai auxiliar os estudantes mais necessitados a conseguirem um trabalho. “Não adianta só colocar na faculdade. Além da preparação, é preciso garantir um emprego e acompanhar o desempenho na universidade”, explica Clécio Chiamulera, coordenador do projeto. As atividades deste ano começam no próximo dia oito.

Serviço: Maiores informações no telefone (41) 334-6958.

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