Obras na BR-116 causam congestionamento

Os motoristas que trafegam pela BR 116, no sentido Santa Catarina, entre Curitiba e Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana, precisam ter muita paciência, e tempo. Em função de obras na rodovia, longos congestionamentos estão se formando. Ontem pela manhã a fila chegava a quatro quilômetros nos dois sentidos da pista, e os motoristas tinham que esperar até um hora para poder percorrer pouco mais de dez quilômetros.

As obras fazem parte de um contrato assinado pelo Governo Federal em 1997, mas só agora é que parte das verbas foram liberadas. De acordo com o engenheiro da empresa Empo – responsável por 46 quilômetros entre Fazenda Rio Grande e Quitandinha -, Paulo Sérgio Beltrão Fillipis o trabalho prevê a restauração da pista, alargamento de pontes e sinalização. O engenheiro confirmou que as obras no trecho seguem até dia 20 de dezembro, e o retorno vai depender de entendimentos com o novo governo.

Apesar de todo o transtorno, a maioria dos motoristas concordou com a necessidade da obra. “A espera é um mal necessário”, brincou o supervisor de vendas, João de Oliveira Gomes. Ele disse que faz o mesmo percurso cinco vezes por dia, pois mora na região do Barigui, em Curitiba, e trabalha em Fazenda Rio Grande, e entende que a restauração é necessária. Porém, ele reclamou que a sinalização no local está insuficiente. O motoboy, Otávio Allan também concorda com a necessidade da obra, só lamenta que precisa ficar muito tempo parado na fila.

O caminhoneiro Antônio da Silva disse que foi pego de surpresa pelo congestionamento, onde ficou mais de hora, pois não sabia que o trecho estava em obras. “Eu carreguei em Curitiba e agora vou para Joaçaba. É ruim ficar a fila, mas era preciso mesmo arrumar a estrada”, disse. Pouco menos tranqüilo, o empresário Luiz Armando Fernandes reclamou que perdeu uma hora de trabalho parado na rodovia. “A gente entende que isso é necessário, mas eles poderiam agilizar a passagem para ninguém atrapalhar o trabalho de ninguém”, afirmou. A violinista Andrea Mengarda também foi surpreendida pelo congestionamento, e afirmou que sempre encontra novidades no trecho. “Eles colocam lombada, e logo em seguida, tiram a lombada. Depois, colocam e tiram sinaleiro. Isso está sempre uma bagunça”, comentou.

Sinalização

Os congestionamentos se formaram porque a liberação do tráfego estava sendo feito por esgotamento, liberando um lado da rodovia, e fechando o outro. Os carros tinham que percorrer parte do trecho pelo acostamento. Como a sinalização no local está precária, a Polícia Rodoviária Federal está ajudando. Porém, à noite e nos finais de semana, isso não está acontecendo. O autônomo Mário Martins afirma que já presenciou dois acidentes graves no local pela falta de sinalização. “Eles ficam na rodovia somente durante o dia, mas à noite, como a sinalização está horrível, trafegar no trecho ficou muito perigoso”, comentou.

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