Novos ?visitantes? chegam ao Cindacta 2

Há pouco mais de um mês, parlamentares integrantes da CPI do Apagão Aéreo estiveram em visita ao Cindacta II, em Curitiba. Para se ter ainda mais ?subsídios?, ontem foi a vez de assessores e chefes de gabinete conhecerem o órgão, responsável pelo controle do tráfego no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e parte de São Paulo. A comissão de ?visitantes? que esteve no local foi de 38 pessoas.

Questionado sobre qual seria a justificativa para uma nova visita, o chefe de gabinete da liderança do governo do Senado, Luis Fernando Pires Machado, explicou: ?a visita tem como objetivo subsidiar os parlamentares no que diz respeito às questões operacionais do tráfego aéreo?.

Assim como Marcos Dantas, assessor do vice-presidente da CPI do Apagão Aéreo, Renato Casagrande, e Jussanam Portela, chefe de gabinete do senador Romeu Tuma, Machado diz que vai levar a Brasília uma impressão bastante positiva do Cindacta II.

Força Aérea

De acordo com o capitão Leonardo Mangrich, chefe da Comunicação Social do Cindacta II, esta nova comissão conheceu o Centro de Operações Integradas, ou seja, todos os órgãos de controle e defesa do espaço aéreo competente ao centro. Ao contrário dos ?visitantes?, ele falou sobre dois fatores importantes do centro de Curitiba. Mangrich explicou que o centro está sendo modernizado, como os novos softwares de controle de tráfego aéreo. Outra necessidade apontada pelo capitão seria o aumento do número de controladores. Segundo ele, atualmente são 125 controladores no Cindacta II e mais 52 operando no destacamento do Afonso Pena. ?Com mais 40 daria para aliviar a carga de trabalho?, comenta.

Crise aérea atinge América Latina

Cintia Végas

A crise aérea não é um problema exclusivo do Brasil. Ao longo dos anos, outros países da América Latina vêm enfrentando dificuldades em seus sistemas de vôo devido à falta de investimentos em infra-estrutura. O assunto foi tema ontem do painel Transporte: ferramenta indispensável para a integração dos povos, realizado com o evento paralelo à Chamada pela Integração da América Latina, para o Fórum Social do Mercosul, em Curitiba.

Segundo o coordenador regional da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF), Gabriel Mocho Rodriguez, o acidente entre o avião da Gol e o jato Legacy, ocorrido em setembro do ano passado, apenas fez com que uma crise já existente fosse detonada.

Ao contrário do que muitos pensam, não foi o início dos transtornos que estão sendo verificados atualmente nos aeroportos brasileiros. ?A origem da crise aérea é a falta de investimentos, que por muito tempo deixaram de ser feitos no setor, não só do Brasil, mas também de outros países da América Latina. Isso vem comprometendo o desenvolvimento econômico das nações que integram o Mercosul e gerando prejuízos tanto aos usuários do transporte aéreo quanto aos trabalhadores?, afirma Gabriel.

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