Nova manifestação contra as obras na Praça do Batel

Mais um capítulo na queda-de-braço entre a Prefeitura de Curitiba e o Movimento Amigos do Batel. Ontem, alguns moradores se reuniram para plantar mudas de pau-brasil e araucária em protesto ao corte de quatro árvores feito pela Prefeitura na Praça Miguel Couto, para iniciar a obra que vai dividir o local em duas partes. O objetivo é abrir uma rua para melhorar o fluxo de veículos na região. Por enquanto, o trabalho está paralisado e a Prefeitura tenta derrubar uma liminar na Justiça que impede a ação.

A intenção do movimento era fazer ontem uma festa junina na praça, mas Acácio Filho diz que foi cancelada porque a previsão de tempo era de chuva, ontem, em Curitiba. Mesmo assim, sob o olhar de poucos moradores, eles resolveram plantar uma muda de pau-brasil e duas de araucária no lugar das árvores que a Prefeitura derrubou no dia 6 de junho para iniciar as obras. ?São plantas nativas e simbolizam a luta pela preservação do meio ambiente?, falou Acácio.

Agora, os moradores pretendem encher a praça de atividades culturais para chamar atenção ao valor histórico do lugar. Na próxima terça-feira à noite está marcado uma serenata para homenagear a Miguel Couto. Carlos Daitschman ajudou a plantar as árvores e disse que é contra a divisão da praça. ?Há outras alternativas para melhorar o trânsito. Sou a favor é de aumentar a praça?, contou. Mas há também aqueles que são a favor das obras. Ney Gonçalves disse que já foi até a Prefeitura e pesquisou o projeto. ?Acho que vai melhorar o lugar?, observa.

Com a abertura da praça, a vida dos feirantes também vai mudar. Eles terão que ser relocados porque a rua onde ficam as barracas terá um fluxo grande de veículos. ?Acho ruim sair daqui?, falou Ricardo Gomes.

Cunho político

Segundo a Prefeitura, a discussão tem cunho político. No entanto, os integrantes do movimento negam. O vice-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, disse semana passada que ?tem muita gente desinformada falando sobre o projeto. Nós vamos ampliar a praça, melhorar a segurança com um módulo da Guarda Municipal e não vamos mexer naquilo que traz a história da cidade?, comentou. 

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