Mutirão leva ajuda jurídica à população

Parceria entre o Núcleo de Práticas Jurídicas das Faculdades Integradas do Brasil (Unibrasil) e a Rua da Cidadania da Matriz levou, ontem pela manhã, ao público que freqüenta o local, assistência legal nas áreas de direito cível, trabalhista e previdenciário. Apesar da pouca divulgação, em pouco mais de uma hora, cerca de 50 atendimentos foram feitos.

Proprietária de um imóvel no balneário Praia de Leste, em Pontal do Paraná, há um ano e meio a vendedora Silvana do Socorro Nunes Souza, 39 anos, e o marido foram surpreendidos quando um advogado pediu posse de parte do terreno declarando um erro na demarcação. ?Vim pedir mais uma ajuda porque nossa situação está ficando cada vez mais difícil. A cada audiência ele arranja um argumento novo. Já perdemos em primeira instância na Vara de Matinhos e agora temos que recorrer da decisão?, disse ela.

Aluna do sétimo período do curso de Direito da Unibrasil, Patrícia Torinelli Corrêa, 27 anos, que atendeu o caso de Silvana, ressaltou a importância do projeto. Apesar de já ter cumprido as horas obrigatórias na atividade, ela resolveu participar mais uma vez. ?É bom porque leva a prática jurídica a pessoas que não têm conhecimento dos seus direitos?, afirmou. No caso da vendedora, que já tem advogado, o atendimento foi feito somente a título de orientação.

Para a professora que acompanhou a ação, Marklea Ferst, o atendimento à população é motivo de empolgação para os alunos. ?Alguns deles são do noturno e ainda não tiveram a oportunidade de estagiar. A prática dá a eles a visão do jurídico fora do papel e em contato com as pessoas?, afirmou.

Segundo ela, os casos mais graves, como por exemplo o de um réu que seria julgado a revelia, ou seja, sem defesa, em uma ação trabalhista, são encaminhados com urgência para o Núcleo de Práticas Jurídicas. Os demais são cadastrados e aguardam em uma fila para serem atendidos. ?Pretendemos realizar ações como essa todo semestre e também expandir para outras áreas da faculdade, como atendimento médico, por exemplo?, concluiu Marklea.

Voltar ao topo