Musicoterapia busca regulamentação

A musicoterapia é uma técnica que usa todas as estruturas sonoras de uma melodia para fins terapêuticos. O profissional que ingressa nesse curso precisa ter algum conhecimento musical. A musicoterapia é ofertada por instituições de ensino em diversos estados e, no Paraná, ele é oferecido pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP). Foi autorizado como curso superior em 1983, e antes era apenas uma especialização. O reconhecimento do curso pelo Ministério da Educação aconteceu em 1986, porém, mesmo com sua ampla aplicação, os musicoterapeutas ainda aguardam a regulamentação da profissão, que está tramitando no Congresso Nacional.

A coordenadora do Centro de Atendimento da FAP, Eulide Jazar Weibel, ressalta que a regulamentação possibilitará uma ampliação do campo de trabalho. Além disso, facilitar o acesso a um maior número de pessoas.

A música funciona como um instrumento de comunicação, promovendo uma interação entre terapeuta e paciente, visando sempre a qualidade de vida. A musicoterapia tem várias indicações, sendo bastante eficiente no universo infantil. Ela facilita a comunicação, aprendizagem, expressão, organização e atende às necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.

A musicoterapeuta da organização não governamental Serpiá, que atende crianças e jovens em situação de risco no seu desenvolvimento e saúde mental, Iara Del Padre Iarema, trabalha com uma clientela de até 18 anos, e que apresenta problemas de saúde mental, depressão, agressividade e autismo. Ela garante que os resultados são satisfatórios, principalmente nos relacionamentos. "Eles adoram o tratamento e encontram na musicoterapia uma outra forma de se comunicar", comentou.

E a música como uma forma de comunicação, salienta a musicoterapeuta Rosemyriam Cunha, é o grande diferencial da terapia, pois ajuda a desbloquear emoções. "O ser humano é um ser sonoro, se pensarmos que os sons estão presentes na nossa vida desde a gestação, pois ouvimos vozes e já começamos a reconhecer as pessoas e ambientes", comentou. Para trabalhar essa questão na musicoterapia, se buscam, por exemplo, as referências sonoras, os instrumentos que chamam a atenção e sons que fazem parte da infância.

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