Mulheres orientais buscam a ocidentalização

Uma cirurgia plástica, conhecida como cirurgia de ocidentalização, vem virando mania entre japonesas e chinesas que vivem no Brasil. O procedimento consiste em criar o sulco das pálpebras superiores dos olhos e, quando necessário, diminuir bolsas de gordura presentes nas pálpebras inferiores.

?Os orientais têm excesso de pele e gordura nas pálpebras. Esta pele cai e deixa de haver o sulco, uma dobrinha presente nas pálpebras superiores?, afirma o médico especialista em cirurgia estética facial, César Pacheco Guedes. ?Com a cirurgia, o olho fica mais harmonioso e menos caído?.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, cerca de 14 mil pessoas se submetem anualmente à cirurgia no Brasil, principalmente nos estados do Paraná e São Paulo. ?A maioria dos pacientes são mulheres, que devido à característica do olho não conseguem passar maquiagem e enfrentam problemas de auto-estima?, diz Guedes.

Com duração de cerca de uma hora e meia, a cirurgia deve ser realizada em clínica ou hospital, mas tem baixo índice de complicação. O paciente não precisa ser internado, fica com os olhos um pouco inchados na primeira semana mas, após três dias do procedimento, já pode voltar ao trabalho. O custo médio de toda cirurgia é de R$ 2,5 mil.

Paciente

A coordenadora de contratos internacionais Cristina Ruy, de 31 anos, se submeteu à cirurgia no início deste ano. Filha de chineses, mas nascida no Brasil, ela encarava os olhos puxados como um defeito. ?Desde criança, eu sempre ficava chateada quando as pessoas brincavam dizendo que eu não conseguia abrir os olhos ou não enxergava porque os meus olhos eram muito pequenos. Fazer a cirurgia sempre foi um sonho?.

Cristina soube da existência do procedimento por revistas chinesas adquiridas por sua mãe. Há alguns anos, descobriu que ele também era realizado no Brasil. ?Estou muito satisfeita com os resultados. Minha auto-estima melhorou bastante e eu passei a ser bem mais vaidosa. Antes, eu escondia os olhos e quase não usava maquiagem. Hoje, eu sempre dou um jeito de destacá-los?.

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