Mulheres de Policiais Militares suspendem vigília

As mulheres de Policiais Militares abandonaram ontem a vigília que faziam em frente aos principais quartéis da Polícia Militar (PM) de Curitiba. Segundo Lúcia Sobral, uma das líderes do movimento, as mulheres receberam um telefonema do deputado Orlando Pessuti (PMDB) que se comprometeu a receber as integrantes do movimento amanhã na Assembléia Legislativa.

Segundo Lúcia, o deputado prometeu discutir a apresentação de uma emenda ao atual projeto de reajuste do salários dos PMs. Pela proposta do governo, os policiais receberiam reposição média de 35%, dividida em três parcelas – uma no dia 1( de janeiro de 2003, outra em 1( de janeiro de 2004 e a terceira em 1( de julho de 2004. As integrantes do movimento pedem que o aumento seja concedido integralmente ainda em 2003. Segundo Lúcia, após conversar com o deputado, as mulheres conversaram e decidiram dar uma trégua. “Estávamos todas exaustas. A noite de sábado foi de frio e de chuva. Por isso vamos descansar e voltar a conversar na segunda-feira”. Com isso Curitiba e Região voltaram a contar com o policiamento da PM. “Levamos isso em conta também. Fim de semana sem polícia é complicado para a população”.

As lonas utilizadas nos acampamentos não resistiram à chuva forte, acompanhada de rajadas de vento, que atingiu toda a capital. “Ficamos com muito medo. Passamos a noite toda acordadas cuidando para que as lonas e os plásticos que utilizamos para nos proteger não voassem”, conta a profissional autônoma, Romildes Bueno.

Os colchões onde as mulheres dormiam, assim como suas roupas, ficaram completamente encharcados. “Nossos sapatos ficaram cheios de água. Sentimos muito frio”, conta a mulher de PM, Jucimere Brizola. “Não foi uma noite fácil”.

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