Muitos têm insuficiência renal mas desconhecem

Atualmente, no Brasil, cerca de 55 mil pessoas fazem hemodiálise. Entre 75% e 80% destas estão na fila por um transplante de rim. Porém acredita-se que o número de pessoas vítimas de insuficiência renal crônica, mas que desconhecem serem portadoras do problema, seja seis vezes maior. A informação é do nefrologista Miguel Carlos Riella, que atualmente participa de uma campanha de prevenção promovida pela Fundação Pró-Renal do Paraná.

Até o próximo dia 23, das 10h às 17h, integrantes da Fundação estarão com um estande montado na Boca Maldita, centro de Curitiba, onde estarão realizando, gratuitamente, exames de urina e de medição da pressão arterial. O objetivo é detectar possíveis alterações na pressão, presença de bactérias, sangue ou proteína na urina. “Pessoas com essas características detectadas podem ser possíveis portadoras de problemas renais”, explica a coordenadora geral da Fundação, Sheila de Marco.

Segundo Miguel, 30% das pessoas que têm insuficiência renal crônica são diabéticas, 30% possuem inflamação crônica nos rins (nefrite) e 30% hipertensão arterial (pressão alta). Os 10% restantes são vítimas de cálculos renais, infecções urinárias de repetição e doenças como a policística dos rins. “O grande problema é que a insuficiência renal crônica só começa a apresentar sintomas na fase avançada, quando a pessoa já perdeu 75% das funções dos rins”, diz o médico.

Os sintomas são: inchaço nas pernas e pés, aumento da pressão arterial, palidez e sangue na urina. Quem perde mais de 80% das funções dos rins precisa fazer diálise e, geralmente, entra na fila por um transplante. Outros casos são tratados com medicamentos. O cigarro é um agravante. prevenção do problema se faz com a realização de exames clínicos anuais.

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