MST cobra desapropriação de fazenda

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estiveram ontem na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Curitiba, para cobrar uma definição na ação de desapropriação da Fazenda Porangaba II, localizada no município de Querência do Norte, próximo a Londrina. Cerca de 100 famílias de trabalhadores vivem na área há mais de dez anos, que também há quase uma década foi declarada improdutiva pelo governo federal. Mas impasses judiciais impediram que a fazenda, com cerca de 2 mil hectares, fosse desapropriada.

O superintendente do Incra no Paraná, Celso Lisboa de Lacerda, recebeu os 36 trabalhadores que estiveram em Curitiba e garantiu que o processo para compra junto aos proprietários está em fase final em Brasília. ?O problema é que pelo tempo que já passou, o pessoal acha que o Incra está mentindo?, disse Lacerda. Após a reunião, os integrantes do MST, tranqüilizados com as explicações, voltaram para o acampamento.

Lacerda explicou que já houve negociação entre o Incra e os donos da fazenda em outras duas ocasiões, mas que o processo está sendo mais demorado que a média pois se trata de um espólio. ?Como o proprietário da época da ocupação faleceu, tivemos que negociar com os herdeiros?, contou. Além disso, a fazenda é ?massa falida?, ou seja, é considerada garantia para pagamentos de dívidas do antigo proprietário, o que também teria complicado o processo de compra.

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