MP quer criação de consórcio ambiental

Uma iniciativa do Ministério Público (MP) do Paraná propõe estender programas ambientais bem-sucedidos em um município para outras cidades da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Ontem, o promotor Edson Luiz Peters apresentou o protocolo de intenções para a criação do Consórcio Metropolitano de Educação Ambiental a secretários de Meio Ambiente e Educação da região.

A intenção pode servir para unificar projetos parecidos que hoje são desenvolvidos, mas com alcance limitado. ?Percebemos vários pequenos núcleos atuando isoladamente nos municípios. A idéia é fazer a integração entre essas ?ilhas? para um crescimento efetivo da preservação ambiental?, afirmou Peters. Para o promotor, o programa Olho D?Água, de Curitiba, pode ser um projeto-piloto para o consórcio. O programa conscientiza crianças e jovens sobre a importância de manutenção do ciclo da água e impactos causados pela poluição de rios, fontes e nascentes.

Além do Olho D?Água, o superintendente de Controle Ambiental de Curitiba, Mário Sérgio Rasera, acredita que os projetos Lixo que não é Lixo e Câmbio Verde (que troca material reciclável por alimentos) podem ser levados a outros municípios. ?Também podemos aprender com outras iniciativas, pois o processo de educação ambiental não pode se limitar às fronteiras municipais?, disse Rasera.

De acordo com o secretário de Assuntos Metropolitanos da Prefeitura de Curitiba, Domingos Caporrino Neto, o prefeito, Beto Richa, havia solicitado essa integração regional no início da sua gestão. ?Com a proposta do MP, buscamos englobar, inclusive, a contenção de invasões em áreas de preservação ambiental, que tendem a aumentar em ano eleitoral?, lembrou, referindo-se a 2008.

Presente no evento, o procurador-geral de Justiça, Milton Riquelme de Macedo, destacou o consórcio como uma ?iniciativa oportuna?. ?Pode ser um agente transformador da realidade atual?, disse. Agora, o protocolo será levado à Câmara de Vereadores de cada município para discussão.

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