Depois do impasse com relação ao funcionamento da maternidade no início do mês, o Ministério Público (MP) de Ponta Grossa e a Santa Casa de Misericórdia voltaram a discordar em outro ponto, referente ao atendimento da população da cidade e dos demais pacientes dos municípios dos Campos Gerais. Dessa vez, a diferenciação de pacientes que são tratados no hospital é o motivo da discussão.
O MP determinou que, num período de trinta dias, a direção da instituição unifique a entrada dos pacientes com convênio, atendimento particular e do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi tomada porque o MP enxerga essa diferenciação como discriminatória.
Uma funcionária da instituição, que não quis se indentificar, confirmou o procedimento. Os pacientes com convênio de saúde ou particulares chegam à instituição pela entrada principal, na Rua Francisco Burzio. Aqueles atendidos pelo SUS entram no hospital pela Rua Barão do Cerro Azul, nos fundos do estabelecimento.
Ela informou, porém, que esse procedimento é feito para equilibrar o sistema de atendimento: “Se todos os pacientes entrassem pelo mesmo local, estaria armada uma bagunça. O atendimento não poderia ser realizado com eficiência”, disse a funcionária.
Mas para o MP, esse procedimento demonstra discriminação. A direção do hospital foi procurada pela reportagem, mas ninguém responsável se encontrava na instituição para falar sobre o caso.
Funcionamento
Os leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa voltaram a funcionar ontem à tarde. A liberação ocorreu na noite de quarta-feira, depois de ter ficado interditada desde segunda-feira devido à infecção hospitalar no setor. Três pacientes da instituição acabaram sendo infectados. Outros oito pacientes que estavam nos leitos da UTI tinham sido removidos para um setor isolado. A liberação foi confirmada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa. A bactéria que contaminou os pacientes e interditou os leitos é conhecida como acynethobacter.