Moradores pedem asfalto em rua de Pinhais

Nem pó, nem lama. Esse é o pedido dos moradores da Rua Afonso Muhlmann, na Vila Irene Margarida, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Quem transita pela rua entende o clamor popular, já que a terra batida está repleta de buracos, que tornam difícil a passagem de carros e transeuntes. Pior do que isso, os moradores garantem que quando chove a rua se torna um verdadeiro mar de lama. Já quando o tempo é extremamente seco, é poeira que eles respiram.

Segundo Arivonil Calado, funcionário dos Correios e que vive na rua há 16 anos, os pedidos de providências às autoridades não cessam, porém nenhuma atitude efetiva é tomada. ?Há dois anos, um vereador fez um esboço jogando uma mistura parecida com o asfalto, mas que em seis meses já não existia mais?, explica. Calado afirma que, em 2004, protocolou na Prefeitura de Pinhais um pedido formal para que a benfeitoria fosse realizada. ?Não adiantou de nada. Depois acionei o Ministério Público e a Coordenação da Região Metropolitana (Comec). Mas não tivemos resposta.?

A revolta dos moradores vai além da simples questão de infra-estrutura. O vizinho de Calado, Hedden Enriconi, diz que a saúde dos moradores está comprometida. ?No período da estiagem, era pó para todo o lado, causando reflexos na respiração. Agora o que preocupa é a possibilidade de não escoar água suficiente para evitar alagamentos.?

Para ele, o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) durante tantos anos pelos moradores já poderiam ter garantido a melhoria. ?Não dá para entender. Nas férias a rua fica um pouco mais tranqüila sem o trânsito para a escola. Mas é uma rua movimentada. Essa semana, dois motoqueiros caíram em buracos.?

Prefeitura

O secretário de Obras de Pinhais, Jandir Nogueira, afirmou que hoje uma equipe vai ao local para amenizar os efeitos dos buracos. ?Vamos tapá-los e dar um trato na rua?, garante. Mas o asfalto tão almejado pela turma só deve chegar no ano que vem, dentro de um planejamento traçado pela Prefeitura. ?Em quatro anos e meio, já asfaltamos 150 quilômetros de ruas em toda a cidade. Mas não é algo tão simples. Existe uma necessidade de infra-estrutura completa, que custa tempo e dinheiro. Não dá para fazer tudo de uma vez?, diz.

Segundo Nogueira, o critério de prioridade refere-se ao tráfego de coletivos. ?É a nossa preferência, já que beneficia um número maior de pessoas?.

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