Mesmo com a presença da Polícia Militar no terreno do São Braz, onde houve reintegração de posse na quarta-feira (20), as famílias prometem voltar. “Não temos nada a perder”, afirmou Neia Regina. Muitas pessoas estão “acampadas” em frente ao terreno, que fica na Rua José Rubens de Lima.
A reintegração do terreno, que pertence à empresa AZ, foi feita às 5h45. A área foi invadida no dia 19 de março e, conforme os ocupantes, 325 famílias estavam morando nos lotes. Os invasores afirmam que, na manhã desta quinta-feira (21), por volta das 11h, um carro que eles afirmam ser da empresa que faz a segurança da área passou atirando contra eles. Ninguém foi ferido.
Os ocupantes afirmam que vão voltar ainda hoje. “Se não arrumarem um canto para gente, voltamos. Já perdemos tudo mesmo”, comentou Néia. Eles reclamam da presença dos policiais no terreno. “Estão aí o tempo todo, desde ontem. Em vez de estarem atendendo ocorrência, cuidando da população”.
Eliseu Nogueira, um dos ocupantes, comentou que eles não tiveram apoio governamental. “Ninguém fez nada. O povo não tem para onde ir, tem muita gente com o aluguel quatro, cinco meses atrasado, que está prestes a ser despejado”, disse. “Tem muita criança aqui no sol, se queimando”, ressaltou Néia.
“Nós limpamos todo o terreno, pagamos para isso. E antes era um ‘matão’, onde aconteceram estupros e outros crimes”, afirmou uma invasora.
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