Moradores de sete casas na Rua Maestro Remo de Persis, no bairro Jardim das Américas, estão sem poder sair de suas residências com seus automóveis devido às obras da ligação viária entre os terminais Capão da Imbuia e Hauer. A rua é sem saída e os moradores podem apenas utilizar a Rua Francisco Senff para ter acesso às demais vias. Mas os operários da Prefeitura escavaram o trecho da rua em cerca de um metro de profundidade na última terça-feira (8) para poderem fazer obras de terraplenagem, impedindo o trânsito por completo no local.
A Rua Francisco Senff termina à margem da BR-277, onde será construída uma trincheira para passagem dos veículos. ?Ninguém aqui é contra a obra, o problema é que escavaram a rua toda de uma vez e não nos deixaram acesso para chegar em casa?, reclama o morador Arnoldo Andrade, que há 20 anos têm casa na rua sem saída. ?O pior é que estava voltando de um período que morei no Rio de Janeiro e agora não tem como o caminhão de mudanças chegar até minha casa?, reclama. Segundo o morador, quando foi feita a escavação, as máquinas teriam derrubado um dos cabos de força e deixado as casas sem luz por cerca de quatro horas.
Luis Andrade, irmão de Arnoldo, diz que até mesmo o percurso a pé está precário, pois as calçadas naquele trecho da Francisco Senff também foram escavadas. ?E não avisaram ninguém aqui de que a rua toda sofreria obras e nos deixaria sem acesso?, afirma. A Maestro Remo de Persis fica atrás do Shopping Jardim das Américas, que mantém um portão nos fundos de seu estacionamento que dá acesso à rua, por onde faz a entrada de cargas. ?O shopping está deixando o pessoal utilizar o estacionamento para ter acesso à Maestro Remo de Persis, mas somente até as 22h, enquanto fica aberto. Se ocorrer uma emergência, por exemplo, não dá para sair de carro?, conta o morador Álvaro Jorge de Almeida e Silva.
A assessoria de imprensa do Shopping Jardim das Américas informou que o departamento de engenharia foi informado pela empresa que faz as obras de que a rua seria fechada e que os transtornos da não-passagem dos veículos demorariam cerca de três dias.
A assessoria da Prefeitura informou que a administração não informou os moradores individualmente sobre as obras, mas que foram realizadas reuniões que tiveram convocações nos principais meios de comunicação, onde foram mostradas todas as etapas.