Moradores de Pinhais cobram regularização de loteamento

Moradores do Jardim Graciosa, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), realizaram, ontem de manhã, uma manifestação em frente à prefeitura do município. O objetivo era pedir a regularização da área onde vivem, que começou a ser loteada em meados da década de 60.

“Os moradores do Jardim estão sempre ameaçados de despejo, pois a prefeitura tem uma ação de reintegração de posse contra eles. Entretanto, o prefeito (Luizão Goulart) se comprometeu a regularizar a área e ficou só na promessa”, disse a bacharel em Direito, Sylvia Malatesta, que dá apoio ao movimento.

Segundo a presidente da Associação de Moradores do Jardim Graciosa, Vidalvina Sutil das Dores, o loteamento também é alvo de muita especulação imobiliária. Por isso, os moradores temem que a área seja vendida e que, nela, seja construído um condomínio fechado.

“Temos a posse da terra há cerca de quatorze anos. Agora, queremos a regularização, pois não podemos viver sob ameaça. Além disso, no Jardim Graciosa não tem água, luz, ônibus e estradas. São 55 moradores que vivem em péssimas condições”, comentou.

A dona-de-casa Maria Clenir das Dores vive no Jardim há cinco anos e, no local, também desenvolve atividades de piscicultura. “Adquiri o direito de posse da área onde vivo há cinco anos, de uma pessoa que morava no local há vinte. Em troca, dei uma casa que era de minha propriedade. Se a regularização não sair, temo perder tanto minha residência como meu local de trabalho. Vivo com três filhos e um neto e não tenho para onde ir”, afirmou.

O prefeito de Pinhais, Luizão Goulart, recebeu uma comissão de moradores do Jardim Graciosa, ontem. A prefeitura enviou uma nota à imprensa, que informou que os solicitantes pediram apoio para regularização das moradias.

A nota da prefeitura informou que o prefeito reiterou que “há necessidade de reunir os demais órgãos (Sanepar, Cohapar, Ministério Público e Comec) para juntos encontrarmos uma solução para os moradores que ali residem há muito tempo e dali retiram o seu sustento”.

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