Modelo pioneiro de gestão hospitalar

Os olhares estão voltados ao Hospital e Maternidade Victor Ferreira do Amaral. O estabelecimento de Curitiba, graças a uma escolha do Ministério da Educação (MEC), está sendo pioneiro na implantação de um novo modelo de gestão a ser adotado em todos os 46 hospitais universitários do País.

Trata-se do Aplicativo de Gestão para os Hospitais Universitários (AGHU), que prevê a unificação administrativa dos estabelecimentos através de um software, em obediência a uma determinação do Tribunal de Contas da União.

“O AGHU começou a funcionar em nosso hospital no último dia 19 de agosto. O primeiro módulo implantado foi o de cadastro e internação, que nos permite fazer um controle das pacientes internadas, das que receberam alta e dos bebês que nasceram”, diz o diretor-geral do hospital e maternidade, que realiza cerca de trezentos partos por mês, Fernando Cesar de Oliveira Júnior.

Em breve, também serão implantados os módulos de prescrição eletrônica, faturamento, compras, controle de farmácia e prontuário eletrônico. “Antes do AGHU, não tínhamos nenhum sistema implantado. Por isso, os funcionários de todos os setores do hospital tiveram que passar por treinamento. Deu um pouco de trabalho no início, mas acredito que a mudança vai agilizar os processos e facilitar o controle administrativo e gerencial”, afirma. “Para implantação, aplicamos cerca de R$ 200 mil de recursos próprios no sistema de cabeamento”.

Ainda este ano, o AGHU deve ser implantado no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), também em Curitiba; no João de Barros Barreto, em Belém do Pará; no Maria Pedrossian, no Mato Grosso do Sul; e no hospital da Universidade Federal do Maranhão.

O aplicativo faz parte do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários (REHUF), elabora pelo MEC, em parceria com os ministérios da Saúde e do Planejamento.

O programa prevê reaparelhamento dos estabelecimentos, reestruturação física e investimentos em pessoal. No ano passado, os 46 hospitais universitários foram responsáveis por 38 milhões de procedimentos, dos mais simples aos complexos, como transplantes de órgãos. Essas unidades mantêm 591 laboratórios em atividade e desenvolveram 5.730 projetos de pesquisa.

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