MLST segue acampado em Cascavel

Oficiais de justiça acompanhados por policiais militares voltaram ontem pela manhã na fazenda Bom Sucesso, em Cascavel, oeste do Estado, para verificar se uma ordem de reintegração de posse tinha sido cumprida.

O prazo para que integrantes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) desocupassem a área expirou na terça-feira.

Ao constatar que a plantação e os pertences dos membros do MLST continuavam na fazenda, os oficiais disseram que iriam relatar a situação à juíza Sandra Regina Bittencourt. Até o fim da tarde de ontem, entretanto, não foi informada qualquer nova decisão sobre o caso.

O coordenador nacional do MLST, Joaquim Ribeiro, afirmou que as pessoas do movimento continuariam plantando e colhendo na fazenda, como fazem há dois anos. ?É um contra-senso muito grande retirar a plantação nesse momento e deixar as pessoas sem poder utilizar aquilo que foi plantado?, disse.

O MLST mantém plantações de arroz, feijão, milho, amendoim, batata-doce, chuchu, abobrinha e outros produtos de subsistência na fazenda. De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), há 238 famílias acampadas.

Contrariado com a decisão, Ribeiro espera um acordo. No início da semana passada, os donos da fazenda desistiram da venda da propriedade ao Incra e, por isso, houve o pedido de reintegração de posse. A juíza Sandra Regina Bittencourt, que pediu a reintegração, informou que não iria se pronunciar enquanto o caso estiver em andamento. 

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