Médicos residentes fazem passeata em Curitiba

Mais de 450 pessoas, de acordo com o Diretran, participaram da passeata dos médicos residentes, na manhã de ontem. Eles seguiram do Hospital de Clínicas até a Santa Casa de Misericórdia, no centro de Curitiba, com megafones e bateria, conversando com a população para explicar o motivo da greve da classe.

No meio do caminho, na esquina entre a Marechal Floriano Peixoto e a Marechal Deodoro, eles deitaram no chão em forma de protesto. Segundo a presidente da Associação dos Médicos Residentes do Hospital de Clínicas, Viviane Bressan, a caminhada foi tranquila. “Não adianta fazer greve e ficar em casa. Temos que mostrar para a população o que está acontecendo”, explica. Houve congestionamento em vários trechos.

Rejeitada

O governo rejeitou, ontem, a contraproposta da Associação Nacional de Médicos-Residentes (ANMR) sobre o pedido de reajuste da bolsa auxílio da categoria em 28,7% agora e mais 10% em setembro de 2011. A greve da categoria iniciada no último dia 17 deve continuar.

Ontem, alguns médicos residentes do Hospital Cajuru aderiram à greve, e não há previsão da adesão de médicos de outros hospitais. “Em lugares como o Pequeno Príncipe e o Santa Brígida, que não atendem apenas o Sistema Único de Saúde, a adesão ao movimento é mais complicada porque envolve mais atendimentos de urgência”, lembra Viviane.

Com relação ao inquérito civil público instaurado pelo Ministério Público, a presidente informa que nenhum hospital está abandonado e que os pacientes estão sendo atendidos pelos professores dos residentes.

Para este final de semana, o movimento de greve não tem programação. Na segunda-feira, às 9h, uma nova mobilização será feita na praça em frente ao Hospital Evangélico.