MEC e Seed se unem contra o analfabetismo

Na próxima quarta-feira comemora-se o Dia Internacional da Alfabetização. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 13,6% da população é analfabeta – não têm domínio algum da linguagem. Já no Paraná, são cerca de 650 mil pessoas que não sabem ler e escrever, o que corresponde a 9,5% da população.

“É uma situação bastante preocupante, tanto que deve mobilizar toda a sociedade e não só os três poderes públicos”, comenta a chefe do departamento de Educação de Jovens e Adultos em exercício da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Maria Clarete Barbosa. “As pessoas devem incentivar aquelas que não sabem ler e escrever a procurar cursos de alfabetização.”

Para combater o analfabetismo dentro do Estado, a Seed mantém, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), o programa “Paraná Alfabetizado”. No último mês de junho, a entidade fez o cadastramento dos analfabetos. Para tanto, convocou-os a comparecer a escolas de suas regiões para comprovar a situação.

No mesmo mês, aconteceu uma seleção de alfabetizadores – pessoas com formação mínima de magistério – e a elaboração de cursos de capacitação voltados a eles. A capacitação tem duração de 32 horas e vem sendo realizada no Centro de Capacitação de Faxinal do Céu, localizado no município de Pinhão, na região Centro-Sul do Estado.

Com base nos cadastros realizados, já foram abertas 1.134 turmas de alfabetizações em diversos municípios. Novas turmas ainda podem ser formadas. A meta do programa é alfabetizar, até abril de 2005, 40.040 pessoas. “Os alunos vão receber dez horas de aulas semanais durante sete meses”, explica Maria Clarete.

Matemático

Uma pesquisa recente aplicada pelo Instituto Paulo Montenegro, considerado o braço social do Ibope, revela que 2% da população brasileira encontra-se em situação de analfabetismo matemático, ou seja, não domina habilidades simples como ler o preço de produtos em lojas, anotar um número telefônico, contar dinheiro e calcular um troco. Já 23% da população não é capaz de resolver um problema que envolva a execução de uma série de operações.

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