Manifestantes pedem melhorias na habitação

Um grupo de cerca de cinqüenta pessoas, representando quatro localidades de Curitiba, fez um protesto em frente à Prefeitura da capital ontem pela manhã. Eles exigiam conversar com os diretores da Cohab (Companhia de Habitação) de Curitiba. Depois de um acordo, seis membros dos manifestantes foram recebidos na Prefeitura.

A manifestação foi organizada pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia, que na última terça-feira fechou a BR-476, pedindo melhorias para os moradores do conjunto habitacional Itaperubá, em Contenda, Região Metropolitana de Curitiba. O conjunto é formado, na sua maioria, por famílias que foram retiradas da Vila Audi, na zona leste de Curitiba, em setembro do ano passado. Na mobilização de ontem as famílias queriam protocolar uma pauta de reivindicações, pedindo um projeto de urbanização para a Vila Sandra e Três Pinheiros, solução para a ameaça de despejo dos moradores de uma ocupação irregular em Santa Cândida, assim como a construção de creche, escola e área de lazer no conjunto Itaperubá.

As famílias se concentraram em frente a Catedral de Curitiba e seguiram a pé pela Rua Cândido de Abreu, até a frente da Prefeitura. Temendo uma invasão, os guardas municipais trancaram as portas do prédio, e o assessor político da Prefeitura, César Bassani, negociou a entrada de seis representantes para uma reunião. A comissão foi recebida pela presidente da Cohab, Tereza Oliveira, pela superintendente da Secretaria do Governo Municipal, Ivana Buzato, e pelo diretor da Cohab, Álvaro de Carvalho Júnior.

Depois de mais de uma hora de conversa, ficaram definidos encontros separados para discutir cada tema. A diretora da Cohab disse que ficaria inviável discutir sem estar munida de informações sobres as áreas e entendeu que em reuniões isoladas os resultados seriam melhores. Hoje, em reuniões pela manhã e à tarde, serão discutidos os problemas de Santa Cândida e Vila Sandra. Na segunda-feira serão ouvidos representantes do conjunto Itaperubá, e os moradores de Pinheiros em data a ser definida.

Para o coordenador estadual do Movimento de Luta pela Moradia, Anselmo Schwertner, a reunião de ontem foi positiva pois abriu um canal de negociação entre os moradores e a Prefeitura. Ele disse também que os resultados disso serão levados para a Conferência das Cidades, que deve acontecer em agosto. “Nossa proposta será que nenhuma família seja removida de Curitiba sem que todos os lotes vagos na cidades sejam ocupados”, disse.

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