Um novo vazamento de produto químico em um afluente do Rio Belém mobilizou o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ontem, em Curitiba. Em março, uma mancha ?misteriosa? havia aparecido no mesmo rio. No entanto, os órgãos ambientais não identificaram de onde teria surgido. Segundo o Iap, uma amostra do vazamento atual já está em análise e a área continua sob monitoramento. Eles esperam, desta vez, encontrar os responsáveis pela poluição.
Na Avenida Wenceslau Braz, no Portão, por onde passa o rio, os bombeiros trabalhavam na contenção e absorção do produto. Segundo o capitão Mocellin, responsável pela operação, dez barreiras foram colocadas e devem permanecer até que o problema seja resolvido. Ele conta que por volta das 6h30 de ontem, empregados de uma empresa às margens do Belém ligaram e informaram que no rio estaria ?descendo? uma espécie de óleo. De acordo com o oficial, é provável que a substância esteja saindo de uma empresa grande. ?Podemos afirmar que não vem de uma oficina mecânica nem de uma empresa de fundo de quintal?, completa.
Mocellin afirma que a equipe subiu até onde o rio é aberto, na Avenida Santa Bernadete, mas não conseguiu identificar de onde viria e qual seria o produto. ?Ainda não sabemos o que é: se solvente, óleo queimado de motor ou óleo diesel. O que chama a atenção não é a quantidade, mas a continuidade com que o produto está sendo derramado. Faz dez horas que estamos aqui e o vazamento continua?, diz.
Ainda de acordo com o capitão, nos próximos dias a Defesa Civil iria trabalhar na retirada do produto e, junto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente trabalharia com a limpeza das margens, ?já que a tendência é o produto químico impregnar na vegetação e no lixo da beirada?. A secretaria e o Iap ainda não têm os resultados da análise do material.
Assim como o vazamento anterior, este foi percebido depois de um dia de chuva. As características do produto derramado também eram as mesmas.