Mais ambulâncias e UTIs móveis no Estado

Até o final do ano a rede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) deve começar a ser ampliada no Paraná. Projeto da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) prevê a compra de 171 ambulâncias básicas, 45 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) móveis e 29 motolâncias (ambulâncias em moto), ao custo de R$ 2 milhões (ver informações detalhadas no mapa).

O cronograma e o investimento necessários estão sendo analisados pelo Ministério da Saúde, que vai arcar com metade dos recursos e comprar as ambulâncias necessárias, por meio de licitação. A outra metade dos recursos vai ser dividida entre cada município que aderiu ao programa e o Estado, que deve ter que desembolsar cerca de R$ 350 mil ao mês depois de implantada a ampliação.

Colocar a estrutura de emergência e urgência o mais próximo possível de onde acontecem os traumas é o foco do projeto, que se tornou uma das principais bandeiras desta gestão da Sesa, já que a procura por atendimento nos grandes centros é historicamente um dos principais entraves à organização do sistema de saúde enfrentado em todo o Estado, com sobrecarga de serviço nas cidades maiores e reclamações dos usuários por falta de vagas. “O projeto é para garantir atendimento o mais descentralizado possível para que as situações se resolvam na própria região em que acontecem”, afirma o secretário estadual da Saúde, Gilberto Martin.

A ideia é diminuir o fluxo de pacientes graves ou com trauma nos grandes centros pelo que vem sendo chamado de uma rede de contenção. “É como colocar várias peneiras com furos diferentes para sustentar o atendimento em todo o Estado. Um dos resultados esperados é conter uma série de atendimentos pré-hospitalares de urgência e emergência de gravidade baixa ou média em cidades de porte médio ou menor”, explica o secretário.

Hoje o Samu já funciona nas cidades de Curitiba (com abrangência também em Campo Largo e São José dos Pinhais), Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Londrina (mais Cambe e Ibiporã), Maringá (além de Sarandi) e Ponta Grossa (que também abrange Castro).

Depois da ampliação do Samu, o Paraná deve receber 92 novas unidades de pronto-atendimento 24 horas, voltadas a pacientes com quadro clínico grave e primeiro atendimento para procedimentos cirúrgicos e trauma, para diminuir a sobrecarga em hospitais e complementar as unidades básicas de saúde. Além disso, também para o início do ano que vem, estão previstas 73 salas de estabilização, que são pontos de apoio ao atendimento, transporte ou transferência de pacientes críticos ou graves, instaladas em unidade de menor porte para a interiorização de cuidados urgentes.

Como todo o projeto ainda depende de aprovação e liberação de recursos do Ministério da Saúde, o secretário ressalta que o cronograma inicialmente previsto pode sofrer atrasos. “Estamos na fase de elaboração e estruturação para implantar esse sistema. Com certeza a ampliação começa este ano. Talvez não com toda a intensidade com que desejamos, mas começa”, garante Martin.

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