Vigilantes de órgãos públicos

Lynx promete acertar verbas trabalhistas até terça-feira

A Lynx Vigilância e Segurança Ltda. pretende acertar todas as pendências trabalhistas com os 1.434 funcionários no Paraná até a próxima terça-feira (17). A informação foi dada à reportagem do Paraná-Online pelo sócio-diretor da empresa, Marcus Guidio, mas ele condiciona a regularização dos pagamentos ao recebimento de valores atrasados relativos a serviços prestados aos seus clientes, em sua maioria órgãos públicos. “A empresa tem mais de R$ 4,5 milhões para receber e não deve mais que R$ 1,5 milhão”, detalha.

Na entrevista ao Paraná-Online, Guidio rebateu algumas informações repassadas pelo presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares. “Ninguém está sendo demitido”, diz o diretor da Lynx, ressaltando que não procede a informação de que deixaria de pagar as verbas devidas a seus funcionários, “muito menos os orientou a procurar a Justiça do Trabalho para reclamar seus direitos”.

Segundo Guidio, os atrasos salariais se referem apenas ao mês de dezembro (e não de novembro também, como alega o sindicato), que deveriam ter sido pagos no dia 6 de janeiro, e a 40% do décimo terceiro. Ele confirma que há pendências também com vale-alimentação, mas nega problemas com vale-transporte. Conforme o diretor, a folha de pagamentos mensal soma R$ 1,528 milhão – e não R$ 6 milhões, como diz o sindicato – e as faturas vencidas são suficientes para quitar as verbas trabalhistas pendentes. “Não estamos nos apropriando indevidamente dos valores. Todo dia tem funcionário sendo pago”, afirma.

De acordo com Guidio, os atrasos nos repasses pelos serviços prestados se devem a dois motivos: dificuldades orçamentárias de órgãos federais e estaduais na mudança do exercício fiscal e desequilíbrios contratuais, já que alguns clientes não repassaram à Lynx os reajustes das convenções coletivas dos vigilantes. “O trabalhador recebe o piso atualizado, mas, em alguns casos, recebemos preços de 2009 e 2010”, cita.

“O cenário de desolação que o sindicato pinta não existe. Somos uma empresa séria que passa por uma dificuldade momentânea por causa desses problemas com os clientes. Estamos trabalhando alucinadamente para receber os recursos devidos, estamos com toda documentação regular, inclusive a negativa de débitos trabalhistas, e não estamos com as malas nas costas nem sumimos”, argumenta o diretor. Ele revela que apenas dois contratos foram rescindidos neste início de ano: com os Correios e com o Banco do Brasil, mas outros 32 estão em vigor. Nesta quinta, estão programadas reuniões com ministérios, em Brasília, e com o governo do Estado, para tratar da liberação de dinheiro.

 

Voltar ao topo