Livro traz dicas sobre a educação das filhas

As diferenças no modo de os pais criarem meninos e meninas começam já no período da gravidez, assim que a mulher descobre o sexo do bebê. A partir deste momento, ela começa a projetar suas concepções de feminino e masculino e a idealizar as necessidades da criança que está para nascer. A afirmação é da escritora alemã Gisela Preuschoff, autora do livro Criando Meninas, que acaba de ser lançado em português e já está à venda em algumas livrarias de Curitiba, ao preço de R$ 26,00. Ontem, às 19h, Preuschoff proferiu palestra sobre o tema, aberta ao público em geral, na sede do Colégio Positivo Júnior, no Bigorrilho, em Curitiba.

Segundo a autora, para uma mulher é muito mais fácil criar meninas do que meninos. Isso devido à experiência de também ter sido uma garota. Por outro lado, algumas mulheres acabam se apegando mais aos filhos do sexo masculino. Com algumas exceções, elas se sentem atraídas pelas diferenças e acabam tendo uma ligação mais forte com os meninos.

O maior erro que as mães cometem ao criarem suas filhas é querer fazer delas um espelho de si próprias. Muitas vezes, as mães querem, através das filhas, realizar sonhos que não conseguiram realizar durante a própria infância ou adolescência. Um exemplo é a mãe que sempre quis ser uma bailarina ou uma pianista e nunca conseguiu, exigir que a filha estude dança ou música sem que esta tenha real desejo e vocação. “As mães devem permitir que suas filhas desenvolvam suas próprias habilidades”, comenta Preuschoff.

Já os pais geralmente erram por superprotegerem suas meninas. Eles costumam achá-las engraçadinhas, frágeis e indefesas e acabam fazendo as coisas por elas ou evitando que elas entrem em contato com a realidade que as cerca. “Superproteger as filhas é um erro bastante comum dos pais. Isso acaba fazendo com que as meninas, na vida adulta, se tornem pessoas inseguras e incapazes”, diz a escritora.

De acordo com Preuschoff, as meninas utilizam os dois lados do cérebro simultaneamente, enquanto os meninos fazem uso de um lado de cada vez. Aos seis meses de vida, as meninas costumam ser mais independentes que os meninos e, durante a infância, se desenvolvem muito mais rapidamente.

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